Economia

Leilão de aeroporto é contestado por Odebrecht

A concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos foi arrematada por R$ 3,821 trilhões pelo consórcio Aeroportos Brasil

Segundo o edital de licitação, as empresas que participaram do leilão podem recorrer do resultado do certame até o fim da tarde de hoje (7) (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

Segundo o edital de licitação, as empresas que participaram do leilão podem recorrer do resultado do certame até o fim da tarde de hoje (7) (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 17h25.

Brasília – O Consórcio Novas Rotas, liderado pela Odebrecht TransPort, segundo colocado no leilão do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), entrou com recurso na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) contra o resultado do certame, vencido pelo consórcio Aeroportos Brasil.

O leilão para concessão dos aeroportos de Brasília, Viracopos e Cumbica, em Guarulhos (SP), realizado na Bolsa de Valores de São Paulo em fevereiro, totalizou R$ 24, 5 bilhões de arrecadação para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os aeroportos de Brasília e de Cumbica têm o maior fluxo de passageiros do país e o de Viracopos, o maior fluxo de cargas.

A concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos foi arrematada por R$ 3.821.000.000 pelo consórcio Aeroportos Brasil, composto pela Triunfo Participações e Investimentos (45%), UTC Participações (45%) e Egis Airport Operation (10%).

De acordo com a Odebrecht, o recurso é um processo usual e está previsto no edital de licitação como uma decisão facultativa dos participantes do leilão. A empresa informou que não vai se pronunciar sobre os termos do recurso antes de a Comissão de Licitação da Anac julgá-lo.

Segundo o edital de licitação, as empresas que participaram do leilão podem recorrer do resultado do certame até o fim da tarde de hoje (7). A publicação do julgamento dos pedidos está prevista para o dia 16 deste mês.

A concessão do aeroporto de Guarulhos foi arrematada por R$ 16,213 bilhões pelo consórcio Invepar – composto pelas empresas Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A) e Acsa, da África do Sul. Já o aeroporto de Brasília foi arrematado por R$ 4.501.132.500, pelo consórcio Inframerica Aeroportos, composto pelas empresas Infravix Participações SA (50%) e Corporación America SA (50%).

Os prazos das concessões são diferenciados por aeroporto: 30 anos para Viracopos, 25 para Brasília e 20 para Guarulhos. Os contratos só poderão ser prorrogados uma vez, por cinco anos, como instrumento de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro em caso de revisão extraordinária.

A partir da assinatura do contrato de concessão, haverá um período de transição de seis meses, prorrogável por mais seis, no qual a concessionária administrará o terminal em conjunto com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Após esse período, o novo controlador assume as operações do aeroporto. A gestão do espaço aéreo nos terminais concedidos não sofrerá mudanças e continuará sob o controle do Poder Público.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAnacAviaçãoAviõesEmpresasEmpresas brasileirasJustiçaNovonor (ex-Odebrecht)Setor de transporteTransportes

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos