Economia

Lava Jato ameaça aportes de R$424 bi no Brasil, diz Firjan

De acordo com estudo, as investigações resultaram na suspensão formal de contratação pela Petrobras de 25 empresas no Brasil


	Presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira: obras ameaçadas estão majoritariamente concentradas nos setores de transporte e logística e energia elétrica
 (Elza Fiúza/Agência Brasil/Agência Brasil)

Presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira: obras ameaçadas estão majoritariamente concentradas nos setores de transporte e logística e energia elétrica (Elza Fiúza/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 12h02.

Rio de Janeiro - Os desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, podem ameaçar investimentos de 424 bilhões de reais no Brasil, dos quais 25 por cento estão programados para o Estado do Rio de Janeiro, apontou estudo publicado nesta sexta-feira pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Do montante total, 242,8 bilhões de reais de investimentos estão previstos para serem aportados em 109 obras de infraestrutura, e os 181 bilhões de reais restantes em projetos de pesquisa e desenvolvimento.

O estudo não apontou o período em que os investimentos seriam feitos.

Apesar de ponderar que o país tem agora "a oportunidade de pôr fim a um dos maiores esquemas de corrupção e punir seus culpados", a Firjan mostrou preocupação de que "os efeitos das investigações sobre as empresas envolvidas podem vir a paralisar os investimentos em curso no país".

De acordo com o estudo, as investigações resultaram na suspensão formal de contratação pela Petrobras de 25 empresas no Brasil, das quais 13 construtoras envolvidas nas mais importantes obras de infraestrutura do país e em grandes empreendimentos no setor de pesquisa e desenvolvimento.

As obras de infraestrutura com execução ameaçada, afirmou a Firjan, estão majoritariamente concentradas nos setores de transporte e logística e energia elétrica, que respondem por 57 por cento e 29 por cento do total, respectivamente.

"Todos os investimentos na construção das instalações olímpicas, para os quais não há possibilidade de adiamento, podem estar comprometidos", afirmou o estudo da Firjan.

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