Economia

Kaplan, do Fed, diz ser apropriado elevar taxas de juros em breve

É amplamente esperado que o Fed eleve sua taxa de juros no encontro de dezembro

Fed: Kaplan tinha dito antes que ele estaria "aberto" a considerar um aumento dos juros (foto/Getty Images)

Fed: Kaplan tinha dito antes que ele estaria "aberto" a considerar um aumento dos juros (foto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 16h25.

São Paulo - O presidente do Federal Reserve de Dallas, Robert Kaplan, fez sua defesa mais clara até agora de uma alta de juros no próximo mês e também em 2018, ao dizer que esperar muito para apertar a política monetária poderia elevar o risco de recessão.

"Eu acredito que seria provavelmente apropriado, no futuro próximo, dar o próximo passo no processo de remover a acomodação monetária", disse num ensaio sobre suas opiniões políticas antes da reunião do Fed, banco central dos Estados Unidos, no próximo mês. "Isso deve ser feito num contexto de uma estratégia geral de remoção de acomodação de forma gradual e paciente."

É amplamente esperado que o Fed eleve sua taxa de juros no encontro de dezembro. Kaplan, que vota neste ano nos encontros de política monetária, tinha dito antes que ele estaria "aberto" a considerar um aumento dos juros.

Nesta segunda-feira, ele assinalou considerar o risco de um superaquecimento do mercado de trabalho e possíveis desequilíbrios nos mercados financeiros para superar a chance de a inflação continuar abaixo da meta do Fed de 2 por cento.

"Se aguardarmos muito tempo para ver evidências reais de inflação, podemos ficar atrás da curva e ter que aumentar as taxas mais rapidamente", escreveu Kaplan. "Este tipo de aumento rápido das taxas tem o potencial de aumentar o risco de recessão."

Aumentos de juros deveriam ser feitos de maneira "gradual e paciente", disse.

O desemprego ficou em 4,1 por cento mês passado e sua expectativa é de que cai mais nos próximosmeses, disse Kaplan.

Enquanto isso, ele citou vários exemplos de potenciais excessos no mercado financeiro, incluindo o valor do mercado acionário norte-americano comparado com o tamanho da economia; a falta de qualquer recente declínio considerável no mercado de ações; e aumento da dívida pública dos EUA.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Jurosreceita-federal

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito