Justin Trudeau: Acordo sobre Nafta está "sobre a mesa"
Segundo primeiro-ministro canadense, entendimento sobre automóveis e seus componentes como o último empecilho para renovar acordo comercial
AFP
Publicado em 17 de maio de 2018 às 20h08.
Canadá , Estados Unidos e México estão perto de um novo acordo de comércio continental , segundo o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, perto da data-limite da negociação.
"Para ser honesto, há um acordo sobre a mesa", disse ele nesta quinta-feira no Clube Econômico de Nova York.
Contudo, também nesta quinta, o ministro mexicano de Economia e negociador-chefe do país, Ildefonso Guajardo, disse à imprensa que "não descartaria a possibilidade de tê-lo a partir da última semana de maio".
Hoje vence o prazo para o Congresso americano votá-lo antes das eleições legislativas de novembro.
Trudeau descreveu o acordo sobre automóveis e seus componentes como o último empecilho para renovar o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), assinado há 24 anos.
Washington quer aumentar a quantidade de peças americanas para que eles sejam comercializados livres de impostos.
Canadá e México rejeitaram uma proposta americana para o que Nafta seja suspenso a cada cinco anos.
"O México trouxe à mesa propostas que realmente avançam um longo trecho do caminho para reduzir o déficit comercial que os Estados Unidos têm com o México e que, de fato, levam de volta muitos postos de trabalho do setor automobilístico do México para os Estados Unidos", explicou Trudeau.
O primeiro-ministro afirmou que restam "últimas negociações"e garantiu estar "otimista".
"Seguimos confiantes de que podemos alcançar um acordo no qual os três ganhemos", disse Trudeau em coletiva de imprensa posterior.
Mais cedo, o chanceler do México, Luis Videgaray, tinha dito à emissora Televisa que "definitivamente, o dia de hoje (quinta-feira) não é uma data-limite, o processo continua, os grupos técnicos dos três países estão trabalhando".
México, Estados Unidos e Canadá renegociam o Nafta desde agosto por exigência do presidente americano Donald Trump, que considera o acordo desastroso para seu país.