Economia

Juros: mundo vs. EUA

Começam nesta terça-feira as definições das políticas monetárias de 12 países. Entre eles estão algumas das maiores economias do mundo, como Estados Unidos, Rússia, Japão — e Brasil. A enxurrada de definições revela duas estratégias diferentes dos bancos centrais. De um lado da mesa estão países onde os juros só tendem a cair. Entre eles […]

DÓLAR: economistas consultados pela Reuters esperavam expansão de 2,6 por cento no segundo trimestre / Gary Cameron/File Photo/ Reuters (Gary Cameron/Reuters)

DÓLAR: economistas consultados pela Reuters esperavam expansão de 2,6 por cento no segundo trimestre / Gary Cameron/File Photo/ Reuters (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 06h26.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h26.

Começam nesta terça-feira as definições das políticas monetárias de 12 países. Entre eles estão algumas das maiores economias do mundo, como Estados Unidos, Rússia, Japão — e Brasil. A enxurrada de definições revela duas estratégias diferentes dos bancos centrais.

De um lado da mesa estão países onde os juros só tendem a cair. Entre eles há emergentes como Brasil e Hungria, com situação econômica complicada, e também um número crescente de países preocupados com a desaceleração da economia global — em janeiro, o FMI reduziu a previsão de crescimento global para 2016 de 3,6% para 3,4%. O Japão, é bom lembrar, adotou juros negativos para tentar reativar a economia.

Por aqui, a queda na Selic, que está em 14,25% desde agosto de 2015, não deve vir na reunião do Comitê de Política Monetária desta quarta-feira 27. Mas, segundo economistas ouvidos pelo Banco Central, a expectativa é que o país termine o ano com uma taxa de 13,25%. A inflação em queda ajuda — estava em 10% no ano passado e deve cair para 7% neste ano.

O problema, especialmente para emergentes como o Brasil, é que do outro lado da mesa estão os Estados Unidos, que, com a economia em boa fase, devem subir a taxa de juro ainda em 2016. Os juros americanos estão em 0,50% ao ano. Efeito automático, o país deve atrair bilhões em investimentos que poderiam vir para o Brasil. Será um desafio a mais para os empresários — e para quem quer que venha a comandar a economia brasileira até o fim do ano.

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