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Juros baixos e dólar alto surte pouco efeito, diz CNI

A moeda americana cotada a R$ 2 produz pouco efeito sobre a atividade doméstica, pois há excesso de produção de manufaturados no mundo, em especial dos países da Ásia

Moedas: o mais importante para o setor neste momento é o aumento da competitividade dos produtos brasileiros (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 14h01.

Brasília - A tão sonhada combinação de juros mais baixos e dólar mais alto pelos empresários brasileiros chegou em um momento no país em que surte pouco efeito sobre a atividade industrial, na avaliação do gerente de política econômica da Confederação Nacional da Indústria ( CNI ), Flávio Castelo Branco. "Grande parte desse ambiente doméstico macroeconômico positivo reflete um ambiente externo adverso, e acaba não compensando", considerou.

O economista ressaltou que o dólar a R$ 2,00 produz pouco efeito sobre a atividade doméstica, pois há excesso de produção de manufaturados no mundo, em especial dos países da Ásia. "Nossa demanda termina vazando para os produtos estrangeiros", disse. Por isso, para ele, o mais importante para o setor neste momento é o aumento da competitividade dos produtos brasileiros. "O custo de produzir no país é crítico para conseguirmos um crescimento mais vigoroso", afirmou.

Castelo Branco salientou que a indústria está trabalhando a patamares inferiores do que há 12 meses e que os estoques permanecem em patamares elevados há mais de um ano. "A saída é melhorar a competitividade com o aumento do investimento", previu.

Ele lembrou que os números do PIB do primeiro trimestre decepcionaram e que a crise internacional se aprofundou desde o fim de 2011. "O ambiente macroeconômico melhorou, sem dúvidas, com o câmbio mais favorável e a taxa de juros em queda, mas há recessão na zona do euro, temos um crescimento americano mais moderado e os próprios emergentes estão em desaceleração, principalmente a China", pontuou. "Com isso, a demanda mundial se retrai."

O economista acredita que a mudança no câmbio deve ter impacto sobre a economia brasileira, mas é defasado. De acordo com ele, a projeção de crescimento do PIB de 2,1% da entidade já leva em consideração uma reação da economia no segundo trimestre causada, entre outros fatores, pelo dólar mais favorável. Essa defasagem ocorre, conforme o especialista, porque grande parte das encomendas é contratada com antecedência e as entregas que estão sendo feitas agora ainda refletem o patamar anterior da moeda. "O câmbio demora para trazer impactos, mas é um fator que deve ter efeito adicional", previu.

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Brasília - A tão sonhada combinação de juros mais baixos e dólar mais alto pelos empresários brasileiros chegou em um momento no país em que surte pouco efeito sobre a atividade industrial, na avaliação do gerente de política econômica da Confederação Nacional da Indústria ( CNI ), Flávio Castelo Branco. "Grande parte desse ambiente doméstico macroeconômico positivo reflete um ambiente externo adverso, e acaba não compensando", considerou.

O economista ressaltou que o dólar a R$ 2,00 produz pouco efeito sobre a atividade doméstica, pois há excesso de produção de manufaturados no mundo, em especial dos países da Ásia. "Nossa demanda termina vazando para os produtos estrangeiros", disse. Por isso, para ele, o mais importante para o setor neste momento é o aumento da competitividade dos produtos brasileiros. "O custo de produzir no país é crítico para conseguirmos um crescimento mais vigoroso", afirmou.

Castelo Branco salientou que a indústria está trabalhando a patamares inferiores do que há 12 meses e que os estoques permanecem em patamares elevados há mais de um ano. "A saída é melhorar a competitividade com o aumento do investimento", previu.

Ele lembrou que os números do PIB do primeiro trimestre decepcionaram e que a crise internacional se aprofundou desde o fim de 2011. "O ambiente macroeconômico melhorou, sem dúvidas, com o câmbio mais favorável e a taxa de juros em queda, mas há recessão na zona do euro, temos um crescimento americano mais moderado e os próprios emergentes estão em desaceleração, principalmente a China", pontuou. "Com isso, a demanda mundial se retrai."

O economista acredita que a mudança no câmbio deve ter impacto sobre a economia brasileira, mas é defasado. De acordo com ele, a projeção de crescimento do PIB de 2,1% da entidade já leva em consideração uma reação da economia no segundo trimestre causada, entre outros fatores, pelo dólar mais favorável. Essa defasagem ocorre, conforme o especialista, porque grande parte das encomendas é contratada com antecedência e as entregas que estão sendo feitas agora ainda refletem o patamar anterior da moeda. "O câmbio demora para trazer impactos, mas é um fator que deve ter efeito adicional", previu.

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