Economia

Juro mais alto pode elevar dívida para 65% do PIB

A elevação de juros em 3 pontos percentuais por 12 meses eleva em cerca de 1 ponto percentual a relação dívida líquida/PIB. Com isso, a dívida líquida ficaria num patamar superior a 65% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse número poderia levar a uma exigência de superávit primário maior por parte do FMI (Fundo Monetário […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h23.

A elevação de juros em 3 pontos percentuais por 12 meses eleva em cerca de 1 ponto percentual a relação dívida líquida/PIB. Com isso, a dívida líquida ficaria num patamar superior a 65% do PIB (Produto Interno Bruto).

Esse número poderia levar a uma exigência de superávit primário maior por parte do FMI (Fundo Monetário Internacional). Ao invés de um superávit primário de 3,75% do PIB o FMI poderia exigir um superávit primário maior para garantir a solvência da dívida pública. "Decisão que possivelmente não será fácil para o próximo governo", avalia o CSFB.

Novo choque

A decisão de elevar os juros em 3 pontos percentuais, sem implementar um choque de juros maior, preserva o espaço para novos aumentos de juros, caso a opção de política econômica do próximo governo não for considerada consistente.

A taxa de juros para contratos em janeiro passou de 21,5%para 24,65%, sinalizando a expectativa de novos aumentos de juros ainda este ano. "Dificilmente uma elevação dos juros será capaz, neste momento, de influenciar nas expectativas de inflação para 2003, que dependem da política econômica a ser adotada pelo próximo governo", afirma o CSFB em análise especial. Para o banco, a elevação anunciada não será capaz de promover apreciação da taxa de câmbio de forma permanente.

O banco avalia ainda que é possível o BC elevar os juros novamente na reunião do Copom da semana que vem se o real continuar se desvalorizando.

Esse possível comportamento também foi verificado pelo Lloyds TSB. "Assim que o BC anunciou a reunião extraordinária, o mercado futuro já precificava uma alta da Selic. Após a reunião, o mercado já operava as taxas curtas em torno de 22,5%, um prêmio sobre a nova Selic de 21%, o que significa que há uma parcela do mercado acreditando que o BC poderá elevar novamente a taxa básica na semana que vem, durante a reunião ordinária do Copom", diz o banco em seu relatório.

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