Economia

Julho registrou menor taxa de criação de empregos em 10 anos

"Estamos vivendo uma crise mundial. Não vejo os números como negativos. Todo o mundo está despedindo trabalhadores", acrescentou o ministro do Trabalho


	Carteira de trabalho: país gerou nos sete primeiros meses do ano 918.193 novos postos com contrato formal e garantias trabalhistas, 33,5% menos em relação ao mesmo período do ano passado
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Carteira de trabalho: país gerou nos sete primeiros meses do ano 918.193 novos postos com contrato formal e garantias trabalhistas, 33,5% menos em relação ao mesmo período do ano passado (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 18h32.

Rio de Janeiro - O Brasil gerou 41.463 novos empregos formais em julho, o menor número para o mês nos últimos dez anos, informou nesta quarta-feira o Ministério do Trabalho.

O número de novos postos formais de trabalho criados pelas empresas brasileiras no mês passado foi muito inferior ao do mesmo mês de 2012 (146.496) e não era tão baixo para julho desde 2003 (37.233), segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério.

De acordo com o Caged, o Brasil gerou nos sete primeiros meses do ano 918.193 novos postos com contrato formal e todas as garantias trabalhistas, uma queda de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado (1,36 milhões) e o menor número para o período desde 2009 (397.936).

"É nossa realidade. Não são os números que gostaríamos, mas o emprego pelo menos ainda está crescendo", afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ao comentar os dados. De acordo com ele, a economia crescerá este ano entre 2% e 3%, e não será possível gerar tantos empregos como se estivesse crescendo 6%.

"Estamos vivendo uma crise mundial. Não vejo os números como negativos. Todo o mundo está despedindo trabalhadores", acrescentou.

O Ministério da Fazenda revisou mês passado sua previsão para o crescimento brasileiro este ano de 3,5% para 3%, e o Banco Central já tinha reduzido a sua de 3,1% para 2,7%, enquanto os economistas dos bancos só esperam 2,21%.

Essas previsões indicam que os economistas já não esperam o forte crescimento previsto para 2013, mas uma ligeira recuperação depois da desaceleração dos dois últimos anos. Após ter registrado crescimento de 7,5% em 2010, foi de 2,7 % em 2011 fechou 2012 em 0,09%.

Apesar do lento ritmo de crescimento e a crise internacional, o índice de desemprego no Brasil em junho era de 6%, ligeiramente superior aos 5,8% medidos no mesmo mês de 2012 e uma das menores taxas para o mês na última década.

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