Economia

Judiciário, MP, militar e diplomata poderão ter promoção em crise fiscal

A PEC do Pacto Federativo, enviada nesta terça-feira ao Congresso, prevê a criação de um estado de emergência fiscal

Militares: classe faz parte do grupo de carreiras que continuarão sendo promovidos mesmo com estado de emergência decretado por entes (Orlando Brito / VEJA/VEJA)

Militares: classe faz parte do grupo de carreiras que continuarão sendo promovidos mesmo com estado de emergência decretado por entes (Orlando Brito / VEJA/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 18h58.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 19h48.

O governo poupou algumas carreiras das medidas previstas para cortar gastos com servidores quando for decretado estado de emergência fiscal.

Juízes, procuradores do Ministério Público, militares e diplomatas continuarão sendo promovidos mesmo se for decretado o estado de emergência pelo Estado ou município em que trabalham ou pela União, no caso dos servidores federais.

A PEC do Pacto Federativo, enviada nesta terça-feira ao Congresso Nacional, prevê a criação de um estado de emergência fiscal no caso de a despesa corrente do Estado ultrapassar 95% da receita corrente. Para a União, isso ocorrerá quando o Congresso Nacional autorizar o desenquadramento da regra de ouro norma que impede o governo de emitir dívida em montante acima do que gasta para investir.

Ao ser decretada a emergência, alguns gatilhos são acionados. Um deles é a proibição de que os servidores sejam promovidos, com exceção de algumas carreiras e no caso de mudança de função do funcionário.

Outras medidas incluem a proibição de reajustes, de concursos e de criação de gastos obrigatórios e benefícios tributários. Também será permitida a redução de 25% da jornada de trabalho, com redução do salário do servidor. Nesse caso, o funcionário será liberado a ter outras atividades remuneradas, que dependerá de cada carreira. Isso será regulamentado em projeto de lei.

Para os Estados, a medida entra em vigor assim que o critério for atingido e valerá por um ano. Governadores podem requisitar o estado de emergência antes do limite de 95% da receita corrente. Nesse caso, o requerimento é apresentado para a Assembleia Legislativa, que tem seis meses para aprovar.

Já para a União, o processo será iniciado no envio do projeto de lei orçamentária de cada ano. Se o projeto previr o descumprimento da regra de ouro, ao ser aprovado, automaticamente serão acionados gatilhos para o próximo ano.

Acompanhe tudo sobre:CongressoDiplomaciaGoverno BolsonaroMilitaresMinistério PúblicoPacto federativoServidores públicos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor