JPMorgan X Goldman Sachs: juro sobe em outubro ou dezembro?
Bancos discordam sobre timing da alta de juros que não veio essa semana; curva de expectativas do mercado já caminha em direção a 2016
João Pedro Caleiro
Publicado em 18 de setembro de 2015 às 16h00.
São Paulo - Nesta quinta-feira, o Federal Reserve anunciou a manutenção da taxa de juros entre 0% e 0,25%.
No comunicado e na coletiva de imprensa, a presidente do banco central americano, Janet Yellen , citou a situação mundial, a inflação ainda abaixo da meta de 2% e a necessidade de mais melhoras no mercado de trabalho.
Desde o fim do programa de compra de ativos para estímulo monetário conhecido como Quantitative Easing (QE) e a melhora nas condições na economia americana, os mercados vem se antecipando ao que chamam de "normalização da política monetária".
Muitos economistas esperavam para setembro uma alta que seria modesta mais significativa: a primeira desde a crise de 2008. Agora que Yellen decidiu esperar, a dúvida é até quando: outubro, dezembro ou só em 2016?
Em artigo assinado por Priscila Hancock, o JPMorgan Asset Management diz que espera uma alta já em outubro para 0,50% com quatro altas posteriores no ano que vem, que terminaria com taxa de 1,50%.
John Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs , discorda: para ele, alta só vira em dezembro (algo que o banco vem dizendo desde junho).
Um motivo simples é que o encontro de outubro não prevê coletiva de imprensa, e dificilmente o Fed faria um movimento tão importante sem poder explicar detalhadamente os seus motivos.
Convocar uma coletiva às pressas seria um sinal óbvio demais, e bancos centrais evitam a qualquer custo promover incertezas que causam volatilidade nos mercados.
Outra razão é que um mês é muito pouco tempo para surgirem novos dados capazes de mudar fundamentalmente a posição do Fed. Outubro também não prevê a divulgação pelo Fed de projeções econômicas atualizadas - outra ferramenta importante de previsibilidade.
Por enquanto, as taxas futuras do mercado financeiro sugerem uma chance de 14% de alta em outubro e 42% em dezembro, segundo a ferramenta FedWatch do grupo CME.
São Paulo - Nesta quinta-feira, o Federal Reserve anunciou a manutenção da taxa de juros entre 0% e 0,25%.
No comunicado e na coletiva de imprensa, a presidente do banco central americano, Janet Yellen , citou a situação mundial, a inflação ainda abaixo da meta de 2% e a necessidade de mais melhoras no mercado de trabalho.
Desde o fim do programa de compra de ativos para estímulo monetário conhecido como Quantitative Easing (QE) e a melhora nas condições na economia americana, os mercados vem se antecipando ao que chamam de "normalização da política monetária".
Muitos economistas esperavam para setembro uma alta que seria modesta mais significativa: a primeira desde a crise de 2008. Agora que Yellen decidiu esperar, a dúvida é até quando: outubro, dezembro ou só em 2016?
Em artigo assinado por Priscila Hancock, o JPMorgan Asset Management diz que espera uma alta já em outubro para 0,50% com quatro altas posteriores no ano que vem, que terminaria com taxa de 1,50%.
John Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs , discorda: para ele, alta só vira em dezembro (algo que o banco vem dizendo desde junho).
Um motivo simples é que o encontro de outubro não prevê coletiva de imprensa, e dificilmente o Fed faria um movimento tão importante sem poder explicar detalhadamente os seus motivos.
Convocar uma coletiva às pressas seria um sinal óbvio demais, e bancos centrais evitam a qualquer custo promover incertezas que causam volatilidade nos mercados.
Outra razão é que um mês é muito pouco tempo para surgirem novos dados capazes de mudar fundamentalmente a posição do Fed. Outubro também não prevê a divulgação pelo Fed de projeções econômicas atualizadas - outra ferramenta importante de previsibilidade.
Por enquanto, as taxas futuras do mercado financeiro sugerem uma chance de 14% de alta em outubro e 42% em dezembro, segundo a ferramenta FedWatch do grupo CME.