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Itaú reduz projeção para IPCA de 2018 de 3,8% para 3,5%

Conforme o banco, a diminuição na projeção para a inflação de 2018 deveu-se à revisão na estimativa para a taxa de câmbio

Itaú: o banco aguarda 1,0% no IPCA fechado do primeiro trimestre (ITACI/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2018 às 16h42.

São Paulo - O Itaú Unibanco reduziu a expectativa para a taxa de inflação deste ano e manteve a de 2019, conforme relatório divulgado nesta sexta-feira, 9. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) de 2018 passou de 3,8% para 3,5%, enquanto a do ano que vem foi mantida em 4,0%.

Conforme o banco, a diminuição na projeção para a inflação de 2018 deveu-se à revisão na estimativa para a taxa de câmbio, que saiu de R$ 3,50 para R$ 3,25 no fim de 2018. Para 2019, a expectativa saiu de R$ 3,60 para R$ 3,30.

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"Reduzimos a projeção para inflação deste ano para 3,5%, devido à revisão nas previsões para taxa de câmbio e à expectativa de mudança na bandeira tarifária na conta de luz de dezembro de vermelha patamar 1 para amarela, com impactos no IPCA de -0,2 ponto ede 0,1 ponto porcentual, respectivamente", explica.

Enquanto em 2017, a bandeira tarifária era a vermelha 1, que tem custo mais elevado, o banco estima que no fim deste ano a cor da bandeira a ser adotada será a amarela, com cobrança inferior.

O Itaú Unibanco aguarda 1,0% no IPCA fechado do primeiro trimestre, após 0,96% em igual período de 2017. Para o segundo trimestre, a projeção para a inflação é de 1,1%; de 0,5% para o terceiro; e de 0,8% para o quarto trimestre.

Para 2019, manteve a projeção para inflação medida pelo IPCA ao redor de 4,0%."Apesar da menor inércia a ser gerada pela revisão na projeção para a inflação deste ano, contamos com uma devolução em 2019 do efeito de baixa da bandeira tarifária incorporado neste ano na conta de luz", explica a nota.

Conforme o banco, os principais fatores de risco para o cenário de inflação seguem atrelados às questões políticas domésticas e à evolução do cenário internacional.

De acordo com a instituição, a retomada da atividade prossegue, o que deve permitir um crescimento de 3,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 e de 3,7% em 2019.

"Mas o balanço de riscos é voltado para baixo. As projeções supõem a continuidade da agenda de reformas. Caso haja uma percepção de interrupção ou mesmo de reversão desse processo, a manutenção da recuperação da atividade poderá ser colocada em risco, em particular caso a retirada de estímulos monetários globais se intensifique", avalia.

O banco reduziu as projeções para a taxa média de desemprego deste ano de 12,1% para 12% e de 11,2% para 11,0% na de 2019, incorporando, segundo o banco, uma taxa de participação mais baixa.

Fiscal

O Itaú Unibanco ainda diminuiu a expectativa para o resultado primário deste ano e do seguinte. A estimativa é que o déficit de 2018 fique em 2,0%, e não mais de saldo deficitário de 2,1% em proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2019, a expectativa passou de uma projeção deficitária de 1,0% para -0,9% do PIB. "A sustentabilidade da melhora nos resultados fiscais depende de reformas", afirma.

A expectativa do banco é que em 2018 o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 161 bilhões (2,2% do PIB) e do teto para os gastos públicos seja menos desafiador.

Para a taxa Selic, o Itaú Unibanco avalia que no encontro desta semana o Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa Selic de 7,00% para 6,75%, indicou "claramente que na ausência de surpresas, deve interromper o ciclo de queda de juros na reunião de março."

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