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Itaú reduz projeção para crescimento e taxa de inflação em 2019

Estimativa do banco para o PIB do próximo ano foi reduzida de crescimento de 2,5% para 2,0%

Itaú: Banco reconhece que atividade econômica perdeu ímpeto no último trimestre do ano passado (Lucas Agrela/Site Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 14h33.

São Paulo - O Itaú Unibanco reduziu as projeções para o crescimento econômico e também para a taxa de inflação. Em nota assinada pelo economista-chefe do banco, Mario Mesquita, a instituição informa que cortou a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 de alta de 1,3% para 1,1%. Já a estimativa para o PIB de 2019 foi reduzida de crescimento de 2,5% para 2,0%.

O banco reconhece que a atividade econômica perdeu ímpeto no último trimestre do ano passado, o que o levou a diminuir as projeções para a expansão econômica. "Também passamos a projetar crescimento mais lento em 2019 (de 2,0%, ante 2,5%), devido a um ponto de partida pior e dados fracos na margem, que se aliam ao crescimento global um pouco menor e condições de oferta menos favoráveis nos setores agropecuário e energético", afirma.

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"Somado a uma taxa de câmbio um pouco mais apreciada, o crescimento mais contido da atividade significa pressão ainda menor sobre a inflação, que deve permanecer abaixo das metas ao final de 2019 e 2020, em 3,6% em ambos os anos", explica a nota.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as expectativas são de variação de 3,60% tanto para este ano quanto para 2020, ambas inferiores ao centro da meta, de 4,25% e 4,00%, respectivamente.

As projeções anteriores para o IPCA estavam em 3,90% (2019) e em 4,00% (2020). A previsão de 3,60% também está abaixo do acumulado em 12 meses registrado pelo indicador em janeiro (3,78%), cuja taxa mensal foi de 0,32%, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nesse contexto de atividade e inflação baixas, o Itaú Unibanco acredita que o Banco Central (BC) manterá a taxa Selic estável em 6,5% ao ano nas suas próximas reuniões. No entanto, pondera que este cenário está mais incerto do que o usual.

Conforme a instituição, iniciado o ano legislativo, as discussões sobre a reforma de Previdência começam a ganhar ainda mais destaque. O banco espera a aprovação de um pacote que tenha impacto fiscal semelhante ao da versão que tramitou recentemente no Congresso. "Desvios com relação a essa hipótese básica podem levar a mudanças substanciais em nosso cenário; seja na direção positiva, em caso de uma reforma mais abrangente que o esperado; seja na direção negativa, em caso de frustração", afirma.

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