Economia

Itália inclui Vaticano entre instituições financeiras íntegras

A lista inclui países com os quais a Itália tem arranjos sobre a troca de informações financeiras e fiscais, assim como outros países-membros da UE

Vaticano: a inclusão na lista branca vem na esteira de mais de cinco anos de reformas, iniciadas nos tempos do papa Bento 16 e fortalecidas por Francisco, (Paul Hanna/Reuters)

Vaticano: a inclusão na lista branca vem na esteira de mais de cinco anos de reformas, iniciadas nos tempos do papa Bento 16 e fortalecidas por Francisco, (Paul Hanna/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2017 às 21h15.

Roma - A Itália colocou o Vaticano em sua "lista branca" de Estados com instituições financeiras cooperativas nesta terça-feira, encerrando anos de desconfiança e endossando os esforços feitos pelo papa Francisco para sanar o setor bancário da cidade-estado.

A lista inclui países com os quais a Itália tem arranjos sobre a troca de informações financeiras e fiscais, assim como outros países-membros da União Europeia.

A atualização foi formalizada em um decreto publicado no Diário Oficial do governo.

O Vaticano é um Estado soberano no centro de Roma cujas atividades financeiras o Banco da Itália encarou com receio durante décadas.

Em julho, o Banco da Itália e a Autoridade de Informações Financeiras do Vaticano assinaram um acordo de cooperação que permitiu às autoridades monitorarem as transações entre entidades financeiras italianas e o Vaticano.

A inclusão na lista branca vem na esteira de mais de cinco anos de reformas, iniciadas nos tempos do papa Bento 16 e fortalecidas por Francisco, para adequar o Vaticano e seu problemático banco aos padrões internacionais, garantir a transparência e combater a lavagem de dinheiro.

Durante muito tempo organizações financeiras criticaram o Vaticano por oferecer um paraíso fiscal para italianos bem relacionados ao permitir que mantivessem contas no banco do Vaticano, conhecido formalmente como Instituto para as Obras da Religião (IOR).

Francisco fez da reforma financeira um dos pilares de seu papado, e sob seu comando o IOR fechou milhares de contas de pessoas com pouca ou nenhuma ligação com o Vaticano.

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