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Ipea diz que governo cumprirá, no limite, meta de inflação

Instituto acredita que medidas tomadas pelo governo e a queda nos preços das commodities vão ajudar a segurar a inflação

A queda dos preços dos combustíves é uma das apostas do Ipea para conter a inflação (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 17h35.

Rio de Janeiro- O Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) disse hoje (18) que o governo cumprirá a meta de inflação em 2011. O indicador ficará bem próximo ao teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%. De acordo com o boletim Conjuntura em Foco, as medidas prudenciais adotadas pela equipe econômica desde 2010 e a queda dos preços dos produtos atrelados ao dólar, como as commodities, vão ajudar a reduzir a taxa.

"No acumulado de 12 meses, espera-se que a inflação ainda suba, pelo efeito estatístico de carregar a alta dos primeiros meses de 2011", analisa o instituto no boletim divulgado hoje (18). "Assim, é bastante natural que a inflação de 2011 fique acima do centro da meta [4,5%], próxima ao limite superior do intervalo [de dois pontos percentuais]". No período de 12 meses encerrado em abril, a taxa rompeu o teto da meta pela primeira vez, acumulando 6,51%.

Por causa do aumento da demanda interna e dos preço das commodities, no ano passado, o governo restringiu o crédito na tentativa de puxar a inflação para o centro da meta. Entre as medidas anunciadas, o aumento do compulsório bancário e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O coordenador da pesquisa do Ipea, Roberto Messemberg, avaliou que essas medidas não foram bem recebidas por instituições financeiras que defendem juros mais elevados, como forma de lucrar mais. Por isso, segundo ele, difundiu-se a ideia de que a inflação estava fora de controle.

Para os próximos meses, Messember explicou que a tendência é a de crescimento menor de preços e queda da inflação, que deve ficar entre 5% e 6% em 2011. O Ipea também aposta na recuperação da oferta do setor agropecuário nacional em função da melhora das condições climáticas, além da queda dos preços do etanol e da gasolina, com a entrada da safra da cana-de-açúcar.

"A taxa de inflação das commodities mostra tendência de arrefecimento, que já se manifestou na deflação de preços dos alimentos e do etanol. Isso vai chegar no varejo", afirmou o analista.

No boletim, o instituto também citou a ata da reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), que informou que a elevação da taxa básica de juros (Selic) não impacta imediatamente no consumo e nos preços, que devem crescer menos nos próximos meses. Com isso, a expectativa do Ipea é que a inflação volte ao centro da meta em 2012.

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Rio de Janeiro- O Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) disse hoje (18) que o governo cumprirá a meta de inflação em 2011. O indicador ficará bem próximo ao teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%. De acordo com o boletim Conjuntura em Foco, as medidas prudenciais adotadas pela equipe econômica desde 2010 e a queda dos preços dos produtos atrelados ao dólar, como as commodities, vão ajudar a reduzir a taxa.

"No acumulado de 12 meses, espera-se que a inflação ainda suba, pelo efeito estatístico de carregar a alta dos primeiros meses de 2011", analisa o instituto no boletim divulgado hoje (18). "Assim, é bastante natural que a inflação de 2011 fique acima do centro da meta [4,5%], próxima ao limite superior do intervalo [de dois pontos percentuais]". No período de 12 meses encerrado em abril, a taxa rompeu o teto da meta pela primeira vez, acumulando 6,51%.

Por causa do aumento da demanda interna e dos preço das commodities, no ano passado, o governo restringiu o crédito na tentativa de puxar a inflação para o centro da meta. Entre as medidas anunciadas, o aumento do compulsório bancário e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O coordenador da pesquisa do Ipea, Roberto Messemberg, avaliou que essas medidas não foram bem recebidas por instituições financeiras que defendem juros mais elevados, como forma de lucrar mais. Por isso, segundo ele, difundiu-se a ideia de que a inflação estava fora de controle.

Para os próximos meses, Messember explicou que a tendência é a de crescimento menor de preços e queda da inflação, que deve ficar entre 5% e 6% em 2011. O Ipea também aposta na recuperação da oferta do setor agropecuário nacional em função da melhora das condições climáticas, além da queda dos preços do etanol e da gasolina, com a entrada da safra da cana-de-açúcar.

"A taxa de inflação das commodities mostra tendência de arrefecimento, que já se manifestou na deflação de preços dos alimentos e do etanol. Isso vai chegar no varejo", afirmou o analista.

No boletim, o instituto também citou a ata da reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom), que informou que a elevação da taxa básica de juros (Selic) não impacta imediatamente no consumo e nos preços, que devem crescer menos nos próximos meses. Com isso, a expectativa do Ipea é que a inflação volte ao centro da meta em 2012.

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