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Ipea aponta falta de clareza para equilíbrio fiscal

"Falta uma definição mais clara do governo sobre qual a estratégia fiscal, onde ele quer chegar em 2014 e como", disse Fernando Ribeiro, responsável pelo estudo

Dinheiro: Fernando Ribeiro aponta para uma queda na arrecadação como fator determinante para a redução do superávit neste ano (USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 14h35.

Rio - O descompasso na política fiscal do governo contribuiu para o ritmo mais lento de crescimento da economia. A avaliação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ), que divulgou nesta quinta-feira, 19, a Carta de Conjuntura sobre o cenário macroeconômico do país em 2013.

"Falta uma definição mais clara do governo sobre qual a estratégia fiscal, onde ele quer chegar em 2014 e como", avaliou o economista Fernando Ribeiro, responsável pelo estudo.

Ele aponta para uma queda na arrecadação como fator determinante para a redução do superávit neste ano. "Com uma aceleração recente no consumo do governo, houve um descompasso fiscal que limitou o espaço para investimento."

O aumento de gastos do governo, segundo o documento, aconteceu sobretudo nas áreas de transferência de renda e despesas de custeio.

"A situação não é dramática, é possível ter ganhos graduais ao longo do ano, mas ainda não há um consenso no governo sobre qual o caminho, apesar do discurso de comprometimento com a questão".

Para 2014, o govercno deveria adotar medidas de contenção de aumento real de salário e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Além disso, seria necessário "uma atenção maior sobre a previdência", para, segundo Ribeiro, chegar a um equilíbrio em 2015.

"Entretanto, existem restrições políticas. A decisão sobre a meta tem de passar por um debate no Congresso, e estamos em um ano eleitoral, quando se gera mais gastos", ponderou. "O importante é sinalizar claramente qual a estratégia, isso deveria ser feito o quanto antes. O governo está sendo cobrado por isso, e é um tema que vai entrar no debate eleitoral."

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"Falta uma definição mais clara do governo sobre qual a estratégia fiscal, onde ele quer chegar em 2014 e como", avaliou o economista Fernando Ribeiro, responsável pelo estudo.

Ele aponta para uma queda na arrecadação como fator determinante para a redução do superávit neste ano. "Com uma aceleração recente no consumo do governo, houve um descompasso fiscal que limitou o espaço para investimento."

O aumento de gastos do governo, segundo o documento, aconteceu sobretudo nas áreas de transferência de renda e despesas de custeio.

"A situação não é dramática, é possível ter ganhos graduais ao longo do ano, mas ainda não há um consenso no governo sobre qual o caminho, apesar do discurso de comprometimento com a questão".

Para 2014, o govercno deveria adotar medidas de contenção de aumento real de salário e dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Além disso, seria necessário "uma atenção maior sobre a previdência", para, segundo Ribeiro, chegar a um equilíbrio em 2015.

"Entretanto, existem restrições políticas. A decisão sobre a meta tem de passar por um debate no Congresso, e estamos em um ano eleitoral, quando se gera mais gastos", ponderou. "O importante é sinalizar claramente qual a estratégia, isso deveria ser feito o quanto antes. O governo está sendo cobrado por isso, e é um tema que vai entrar no debate eleitoral."

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