Alimentos: outros fatores também podem explicar o aumento de preços menos intenso em março, como a previsão de uma safra maior para este ano no país. (REUTERS/Jose Manuel Ribeiro)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2013 às 13h00.
Rio de Janeiro – A desoneração da produtos da cesta básica não foi suficiente para evitar o aumento de preços dos alimentos em março, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IPCA, os preços dos alimentos subiram, em média, 1,14% no mês passado.
Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, ainda não é possível avaliar, com clareza, o impacto da medida na taxa de inflação. “Ainda é cedo para fazer uma avaliação mais precisa da desoneração, dado que ela passou a ocorrer no dia 8 de março”, disse.
Mas ela acredita que, apesar de não ter impedido o aumento de preços, a desoneração pode ter contribuído para a diminuição do ritmo de crescimento da inflação, já que em fevereiro a alta de preços havia sido maior (1,45%).
Outros fatores também podem explicar o aumento de preços menos intenso em março, como a previsão de uma safra maior para este ano no país. Entre os alimentos que tiveram maior aumento de preço em março estão a cebola (21,43%), o açaí (18,31%) e o feijão-carioca (9,08%).
Produtos que vinham apresentando altas de preços elevadas nos últimos meses continuaram apresentando taxas de inflação, mas em menor intensidade. É o caso do tomate, que passou de uma inflação de 20,17% em fevereiro para uma taxa de 6,14% em março, e da farinha de mandioca, cuja taxa caiu de 16,15% para 5,11%.