IPCA deve fechar 2016 em 8% com pressão de inércia
De acordo com dados do IBGE, a inflação acumulada no ano passado foi de 10,67%, o maior nível anual desde 2002
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 12h41.
São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) deve encerrar o ano de 2016 com alta de 8,0%, com forte pressão da inércia inflacionária de 2015, avaliou o analista econômico da RC Consultores Everton Carneiro.
"A inércia inflacionária vai vir muito forte este ano, com os empresários tentando repassar isso para os preços dos seus produtos. Vamos acompanhar isso de modo muito forte em produtos que têm reajustes sazonais, como educação", disse, destacando o salto do IPCA em 2015.
De acordo com dados do IBGE, a inflação acumulada no ano passado foi de 10,67%, o maior nível anual desde 2002.
Para tentar abrandar essa forte inflação, o Banco Central deve elevar os juros neste início de ano, segundo Carneiro.
"Mas a recessão pode abrir espaço para uma baixa da Selic no final do ano, para o nível de 14,00%", comentou.
Além da crise econômica, outro fator que pode contribuir com altas menos expressivas em 2016 é a gasolina.
"A gasolina deve arrefecer a alta, mesmo com a Cide no radar. Isso porque os preços internacionais do petróleo estão em baixa", disse.
Para Carneiro, os preços de serviços, que foram uma das principais fontes de pressão inflacionária nos últimos anos, devem subir em torno de 7% este ano.
"Com a queda da renda e aumento do desemprego, há menos dinheiro circulando na economia. Temos um cenário de alta abaixo de 8,0% pela primeira vez desde 2010", afirmou.
São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) deve encerrar o ano de 2016 com alta de 8,0%, com forte pressão da inércia inflacionária de 2015, avaliou o analista econômico da RC Consultores Everton Carneiro.
"A inércia inflacionária vai vir muito forte este ano, com os empresários tentando repassar isso para os preços dos seus produtos. Vamos acompanhar isso de modo muito forte em produtos que têm reajustes sazonais, como educação", disse, destacando o salto do IPCA em 2015.
De acordo com dados do IBGE, a inflação acumulada no ano passado foi de 10,67%, o maior nível anual desde 2002.
Para tentar abrandar essa forte inflação, o Banco Central deve elevar os juros neste início de ano, segundo Carneiro.
"Mas a recessão pode abrir espaço para uma baixa da Selic no final do ano, para o nível de 14,00%", comentou.
Além da crise econômica, outro fator que pode contribuir com altas menos expressivas em 2016 é a gasolina.
"A gasolina deve arrefecer a alta, mesmo com a Cide no radar. Isso porque os preços internacionais do petróleo estão em baixa", disse.
Para Carneiro, os preços de serviços, que foram uma das principais fontes de pressão inflacionária nos últimos anos, devem subir em torno de 7% este ano.
"Com a queda da renda e aumento do desemprego, há menos dinheiro circulando na economia. Temos um cenário de alta abaixo de 8,0% pela primeira vez desde 2010", afirmou.