Economia

IPCA deve fechar 2016 em 7,5%, estima Ibre/FGV

"Agora, além da demanda enfraquecida, que vinha antes disso, você tem à frente um caminho um pouco mais desimpedido para reduzir a inflação", diz especialista


	Dinheiro: "agora, além da demanda enfraquecida, que vinha antes disso, você tem à frente um caminho um pouco mais desimpedido para reduzir a inflação", diz especialista
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Dinheiro: "agora, além da demanda enfraquecida, que vinha antes disso, você tem à frente um caminho um pouco mais desimpedido para reduzir a inflação", diz especialista (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 18h30.

Rio - O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) estima que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seja de 7,5% em 2016.

Segundo Salomão Quadros, superintendente adjunto da Superintendência de Preços (Supre) do Ibre, o ritmo de queda tende a se acelerar no final do ano devido ao "arrefecimento dos choques de oferta do último ano".

O especialista explica que a correção dos preços administrados, a desvalorização cambial e as adversidades climáticas influenciaram na alta da inflação no último ano, porém, seus efeitos já foram absorvidos.

"Parece que três choques fortes já diminuíram bastante, e efeitos já foram absorvidos. Agora, além de ter demanda enfraquecida, que vinha antes disso, você tem à frente um caminho um pouco mais desimpedido para a redução de inflação", diz.

A expectativa do Ibre/FGV para a inflação da alimentação em domicílio é de 12,7%; dos serviços fica em 7,2%; dos preços administrados, 6,1%; e dos demais bens de consumo, de 5,8%.

Segundo Quadros, o ajuste que fará o IPCA fechar o ano em 7,5% depende diretamente do comportamento dos alimentos, mas a previsão é otimista.

"A alimentação em domicílio, que neste ano só subiu, já podemos considerar uma desaceleração, que pode acontecer com ajuda do clima e do câmbio. As adversidades climáticas, como (o fenômeno) El Niño e as secas, parecem ter terminado no segundo trimestre, então é razoável imaginar uma desaceleração. E tem a valorização cambial, que em produtos como soja e milho pode ter um comportamento favorável", diz.

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