IPCA de 7,05% em 2004, estima mercado
Projeções vão aproximando índice oficial de inflação do máximo admitido pelo Banco Central
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.
O mercado amplia suas apostas em um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) próximo do teto de 8% do Banco Central (BC). No Relatório de Mercado divulgado nesta segunda-feira (12/7), os analistas estimam 7,05% em 2004, ante 7% da sondagem da semana passada.
O IPCA é a a baliza do BC na operação de seu sistema de metas de inflação, que prevê um núcleo, já descartado, de 5,5% com variações para menos ou para mais de 2,5 pontos percentuais. Ou seja, o máximo admitido pela autoridade monetária brasileira neste ano seria 8%.
O BC já desistiu da ambição de acertar o centro da meta e mudou sua projeção para 6,4% em 2004. Para o ano que vem, os analistas ouvidos pelo BC toda semana mantêm a estimativa de IPCA a 5,5%. A meta do BC para o ano que vem é de 4,5%.
A projeção da taxa Selic aumentou para 15,25% no final de 2004 e para 15,90% na média do ano.
Futuro
O relatório detectou que as expectativas de mercado para a inflação acumulada nos próximos 12 meses recuaram para todos os índices, exceto o IGP-M. A projeção do IPCA caiu de 6,48% para 6,26%, do IGP-DI, de 7,45% para 6,72% e do IPC-Fipe de 6,17% para 5,85%. A estimativa para o IGP-M cresceu de 6,75% para 6,86%.
O mercado demonstrou pela primeira vez um discreto otimismo quanto à evolução do Produto Interno Bruto (PIB), alterando sua projeção, que era coincidente com a oficial, de crescimento de 3,5% do PIB para 3,52%.
Pela sexta semana consecutiva, os analistas afirmam acreditar em um superávit ainda maior em conta corrente, desta vez de 5,69% do PIB, ante 4,6% da sondagem anterior. Há quatro semanas, a projeção média do mercado era de um resultado positivo de 3,1% do PIB.