Economia

IPCA-15 sobe 0,93% em julho, acima da expectativa do mercado

Entre as 11 regiões pesquisadas, Curitiba foi a que registrou a maior inflação do período, com 1,35%. São Paulo ficou em segundo lugar, com 1,11%

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou aceleração em julho, devido aos reajustes de combustíveis, energia, telefonia fixa e alimentos. O indicador registrou alta de 0,93% contra 0,56% em junho. O resultado ficou bem acima do que esperavam analistas de mercado. Os economistas do banco Crédit Suisse First Boston (CSFB) projetavam um aumento de 0,85% no indicador. Como o IPCA-15 serve como referência para o IPCA, o chamado indicador oficial da inflação no Brasil, é provável que as projeções para esse indicador sejam alteradas com a divulgação do resultado de hoje. No ano, o IPCA-15 acumula variação de 4,30% e, nos últimos 12 meses encerrados em julho, de 6,53%.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os alimentos e bebidas aumentaram 0,91% neste mês, contra 0,55% de junho. Em relação aos combustíveis, a valorização da cana-de-açúcar elevou o preço do álcool combustível em 7,11%, ante 5,20% no mês passado. O reajuste de 10,80%, promovido pelas distribuidoras em 15 de junho, foi o que mais pesou no preço da gasolina, que aumentou 5,64% em julho, contra 0,52% no último mês.

A energia elétrica ficou 0,67% mais cara, na média do IPCA-15. Em junho, o aumento havia sido de 0,28%. A alta das tarifas em São Paulo (1,26%), Curitiba (4,85%) e Porto Alegre (0,47%) foi o que mais pesou sobre esse item.

Entre as 11 regiões pesquisadas, Curitiba registrou a maior inflação do período, conforme o IBGE: 1,35%. Já Fortaleza registrou a menor taxa: 0,29%. São Paulo teve o segundo maior IPCA-15 da pesquisa (1,11%), seguido por Porto Alegre (1,03%).

A pesquisa foi realizada entre 10 de junho e 13 de julho. Os preços foram comparados com os vigentes entre 13 de maio e 9 de junho. O IPCA-15 segue a mesma metodologia do IPCA. A única diferença é o período de coleta de dados. O indicador apura a inflação para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.

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