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IPCA-15 sobe 0,73% em março e acumula 5,9% em 12 meses

Índice foi pressionado pelos preços de alimentos e passagens aéreas

Inflação: indicador, prévia da inflação oficial do país, atingiu 5,90 por cento em 12 meses até março, ante 5,65 por cento em fevereiro (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2014 às 09h53.

São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,73 por cento em março pressionado pelos preços de alimentos e passagens aéreas, aproximando-se de 6 por cento no acumulado em 12 meses.

Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o indicador, prévia da inflação oficial do país, atingiu 5,90 por cento em 12 meses até março, ante 5,65 por cento em fevereiro, quando avançou 0,70 por cento na comparação mensal.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Ambos os resultados ficaram em linha com as medianas em pesquisa da Reuters.

Segundo o IBGE, o maior impacto no índice de março veio do grupo Alimentação e Bebidas, de 0,27 ponto percentual, após alta de 1,11 por cento. Em fevereiro o grupo havia avançado 0,52 por cento.

Outros índices inflacionários já haviam mostrado pressão dos alimentos sobre os preços ao consumidor devido à seca em grande parte do Brasil no começo do ano. No IGP-M, por exemplo, os produtos agropecuários já vinham registrando fortes altas no atacado.

Também se destacou no mês o grupo Transporte, com alta de 1,22 por cento no mês ante variação negativa de 0,09 por cento em fevereiro. Com isso, o grupo teve impacto de 0,23 ponto percentual no IPCA-15 de março.

O principal responsável por esse avanço em Transportes foi o preço de tarifas aéreas, que subiram 27,08 por cento em março após queda de 20,36 por cento no mês anterior. O item foi o principal impacto individual no IPCA-15 do mês com 0,11 ponto percentual.


Juntos, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes somaram 0,50 ponto percentual, segundo o IBGE, sendo responsáveis por 68 por cento do índice do mês.

Nesta semana, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, repetiu que os efeitos da política monetária são cumulativos e se mostram com defasagens, e defendeu que a recente alta nos preços de alimentos tende a ser um choque temporário, mas que a política monetária deve agir para que esse movimento se limite ao curto prazo.

Desde abril passado, o BC já elevou a Selic em 3,5 pontos percentuais, para o atual patamar de 10,75 por cento, a fim de combater a inflação. Com os recentes sinais de pressão sobre os preços, os agentes econômicos começam a apostar que o ciclo de aperto vai se estender para maio, com mais duas altas de 0,25 ponto na taxa básica de juros.

Outro fator de risco à inflação são os preços de serviços e o encarecimento dos custos da energia por conta do acionamento das usinas térmicas. De acordo com a pesquisa Focus do BC, a expectativa é de que o IPCA encerre 2014 a 6,11 por cento.

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São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,73 por cento em março pressionado pelos preços de alimentos e passagens aéreas, aproximando-se de 6 por cento no acumulado em 12 meses.

Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o indicador, prévia da inflação oficial do país, atingiu 5,90 por cento em 12 meses até março, ante 5,65 por cento em fevereiro, quando avançou 0,70 por cento na comparação mensal.

A meta de inflação do governo é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Ambos os resultados ficaram em linha com as medianas em pesquisa da Reuters.

Segundo o IBGE, o maior impacto no índice de março veio do grupo Alimentação e Bebidas, de 0,27 ponto percentual, após alta de 1,11 por cento. Em fevereiro o grupo havia avançado 0,52 por cento.

Outros índices inflacionários já haviam mostrado pressão dos alimentos sobre os preços ao consumidor devido à seca em grande parte do Brasil no começo do ano. No IGP-M, por exemplo, os produtos agropecuários já vinham registrando fortes altas no atacado.

Também se destacou no mês o grupo Transporte, com alta de 1,22 por cento no mês ante variação negativa de 0,09 por cento em fevereiro. Com isso, o grupo teve impacto de 0,23 ponto percentual no IPCA-15 de março.

O principal responsável por esse avanço em Transportes foi o preço de tarifas aéreas, que subiram 27,08 por cento em março após queda de 20,36 por cento no mês anterior. O item foi o principal impacto individual no IPCA-15 do mês com 0,11 ponto percentual.


Juntos, os grupos Alimentação e Bebidas e Transportes somaram 0,50 ponto percentual, segundo o IBGE, sendo responsáveis por 68 por cento do índice do mês.

Nesta semana, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, repetiu que os efeitos da política monetária são cumulativos e se mostram com defasagens, e defendeu que a recente alta nos preços de alimentos tende a ser um choque temporário, mas que a política monetária deve agir para que esse movimento se limite ao curto prazo.

Desde abril passado, o BC já elevou a Selic em 3,5 pontos percentuais, para o atual patamar de 10,75 por cento, a fim de combater a inflação. Com os recentes sinais de pressão sobre os preços, os agentes econômicos começam a apostar que o ciclo de aperto vai se estender para maio, com mais duas altas de 0,25 ponto na taxa básica de juros.

Outro fator de risco à inflação são os preços de serviços e o encarecimento dos custos da energia por conta do acionamento das usinas térmicas. De acordo com a pesquisa Focus do BC, a expectativa é de que o IPCA encerre 2014 a 6,11 por cento.

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