IPCA-15 sobe 0,33% em julho e acumula alta de 5,24%
Alta acumulada é no período de 12 meses. Informação é do IBGE
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2012 às 10h17.
São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) --prévia da inflação oficial do país-- subiu 0,33 por cento em julho, ante alta de 0,18 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta sexta-feira.
Pesquisa realizada pela Reuters apontou que o indicador avançaria 0,18 por cento neste mês, de acordo com a mediana das previsões de 23 analistas. As estimativas variaram de 0,12 a 0,25 por cento.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 5,24 por cento, acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 5,00 por cento.
Segundo o IBGE, os principais destaques deste mês foram os setores de Despesas Pessoais e Alimentação. O primeiro registrou alta de 0,92 por cento em julho, a maior entre todos os grupos analisados, depois de ter subido 0,34 por cento em junho.
O destaque foi o item empregado doméstico, que subiu 1,37 por cento ante 0,60 por cento no mês anterior.
Por sua vez, a alta de 0,88 por cento de Alimentação e Bebidas causou o maior impacto no índice, de 0,20 ponto percentual, respondendo por 61 por cento do IPCA-15 deste mês. Em junho, este grupo subiu 0,66 por cento.
"O clima adverso prejudicou a lavoura de diversos produtos, destacando-se o tomate", explicou o IBGE, explicando que os preços deste produto subiram 29,30 por cento em julho, depois de terem avançado 19,48 por cento no mês anterior.
A única queda de preços em julho foi registrada pelo grupo Transportes, um recuo de 0,59 por cento, menos intensa que a de 0,77 por cento registrada em junho. Os preços dos automóveis novos caíram 2,47 por cento, ainda sob efeito da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).
Aceleração
O resultado do IPCA-15 de agora confirma que os preços vêm acelerando, como já haviam mostrado outros indicadores de inflação.
Nesta semana, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou elevação de 0,96 por cento em julho, após alta de 0,73 por cento em junho. O resultado foi influenciado sobretudo pelos preços no atacado.
E o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,11 por cento na segunda prévia de julho, ante elevação de 0,63 por cento no mesmo período de junho.
Em junho, o IPCA --usado como meta oficial de inflação, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos-- havia desacelerado para uma alta de 0,08 por cento, menor variação em quase dois anos, após avanço de 0,36 por cento em maio . Os dados do IPCA referentes a julho serão divulgados pelo IBGE no dia 8 de agosto.
Apesar dos últimos sinais de aceleração, analistas avaliaram que a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária, divulgada na quinta-feira, indicou que deve haver pelo menos mais um corte na taxa básica de juros em seu próximo encontro, em agosto. O Copom voltou a destacar que o processo de redução da Selic deve ser feito com "parcimônia".
Na semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual, para a nova mínima recorde de 8 por cento ao ano . O corte foi o oitavo seguido desde agosto passado, quando começou o processo de afrouxamento monetário.
Ao todo, as reduções já somam 4,50 pontos percentuais, num dos movimentos para estimular a economia, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2011.
Em outra frente, o governo já anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais.
Apesar disso, o mercado já fala em um PIB crescendo abaixo de 2 por cento neste ano, como mostrou relatório Focus do Banco Central. Seria o pior resultado desde 2009, quando a economia encolheu 0,33 por cento.
Para o IPCA, a expectativa dos analistas consultados na pesquisa do BC é de que o índice termine 2012 com uma alta de 4,87 por cento.
São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) --prévia da inflação oficial do país-- subiu 0,33 por cento em julho, ante alta de 0,18 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta sexta-feira.
Pesquisa realizada pela Reuters apontou que o indicador avançaria 0,18 por cento neste mês, de acordo com a mediana das previsões de 23 analistas. As estimativas variaram de 0,12 a 0,25 por cento.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 5,24 por cento, acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 5,00 por cento.
Segundo o IBGE, os principais destaques deste mês foram os setores de Despesas Pessoais e Alimentação. O primeiro registrou alta de 0,92 por cento em julho, a maior entre todos os grupos analisados, depois de ter subido 0,34 por cento em junho.
O destaque foi o item empregado doméstico, que subiu 1,37 por cento ante 0,60 por cento no mês anterior.
Por sua vez, a alta de 0,88 por cento de Alimentação e Bebidas causou o maior impacto no índice, de 0,20 ponto percentual, respondendo por 61 por cento do IPCA-15 deste mês. Em junho, este grupo subiu 0,66 por cento.
"O clima adverso prejudicou a lavoura de diversos produtos, destacando-se o tomate", explicou o IBGE, explicando que os preços deste produto subiram 29,30 por cento em julho, depois de terem avançado 19,48 por cento no mês anterior.
A única queda de preços em julho foi registrada pelo grupo Transportes, um recuo de 0,59 por cento, menos intensa que a de 0,77 por cento registrada em junho. Os preços dos automóveis novos caíram 2,47 por cento, ainda sob efeito da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).
Aceleração
O resultado do IPCA-15 de agora confirma que os preços vêm acelerando, como já haviam mostrado outros indicadores de inflação.
Nesta semana, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou elevação de 0,96 por cento em julho, após alta de 0,73 por cento em junho. O resultado foi influenciado sobretudo pelos preços no atacado.
E o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,11 por cento na segunda prévia de julho, ante elevação de 0,63 por cento no mesmo período de junho.
Em junho, o IPCA --usado como meta oficial de inflação, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos-- havia desacelerado para uma alta de 0,08 por cento, menor variação em quase dois anos, após avanço de 0,36 por cento em maio . Os dados do IPCA referentes a julho serão divulgados pelo IBGE no dia 8 de agosto.
Apesar dos últimos sinais de aceleração, analistas avaliaram que a ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária, divulgada na quinta-feira, indicou que deve haver pelo menos mais um corte na taxa básica de juros em seu próximo encontro, em agosto. O Copom voltou a destacar que o processo de redução da Selic deve ser feito com "parcimônia".
Na semana passada, o Copom reduziu a Selic em 0,50 ponto percentual, para a nova mínima recorde de 8 por cento ao ano . O corte foi o oitavo seguido desde agosto passado, quando começou o processo de afrouxamento monetário.
Ao todo, as reduções já somam 4,50 pontos percentuais, num dos movimentos para estimular a economia, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2011.
Em outra frente, o governo já anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais.
Apesar disso, o mercado já fala em um PIB crescendo abaixo de 2 por cento neste ano, como mostrou relatório Focus do Banco Central. Seria o pior resultado desde 2009, quando a economia encolheu 0,33 por cento.
Para o IPCA, a expectativa dos analistas consultados na pesquisa do BC é de que o índice termine 2012 com uma alta de 4,87 por cento.