Economia

IPCA-15 acelera alta e fecha o ano muito perto de teto

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 acelerou a alta a 0,79 por cento em dezembro pressionado pelos preços de alimentos e transportes


	Economia: IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 6,46 por cento neste ano, informou o IBGE
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Economia: IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 6,46 por cento neste ano, informou o IBGE (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 08h57.

São Paulo - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 acelerou a alta a 0,79 por cento em dezembro pressionado pelos preços de alimentos e transportes, encerrando o ano praticamente no teto da meta do governo, ainda em níveis muito elevados e que vão continuar pressionando a nova equipe econômica do governo.

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 6,46 por cento neste ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima dos 5,85 por cento de 2013 e muito próximo do teto da mete, de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Pesquisa Reuters com analistas mostrou que a expectativa era de alta mensal de 0,75 por cento e de 6,42 por cento no ano.

De acordo com o IBGE, os preços de Alimentação e bebidas e de Transportes responderam por 66 por cento da alta mensal do IPCA-15 neste mês. O primeiro grupo mostrou elevação nos preços de 0,94 por cento em dezembro, sobre 0,56 por cento no mês anterior. O destaque ficou para carnes, com alta de 4,02 por cento.

Já Transportes teve a maior variação no mês, de 1,59 por cento, bem acima da alta de 0,20 por cento registrada em novembro. O item passagens aéreas foi o destaque, com aumento de 42,42 por cento no período, bem como os preços da gasolina, com alta de 2,15 por cento, "refletindo, nas bombas, a complementação do reajuste de 3 por cento em vigor desde 07 de novembro", informou o IBGE em nota.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vê a inflação no país atingindo seu pico no primeiro trimestre de 2015. Mas no período seguinte, o cenário mais provável é de que ela inicie um processo de declínio.

Com a inflação pressionada, o BC deu início a um novo ciclo de aperto monetário em outubro, elevando a Selic ao atual nível de 11,75 por cento. E a expectativa do mercado e de economistas é de que ela continuará subindo nos próximos meses para combater a escalda dos preços.

Segundo pesquisa Focus do BC, a expectativa é de que o IPCA encerre este ano dentro da meta, com alta de 6,38 por cento.

O combate à inflação junto com um maior rigor fiscal é o centro do discurso da nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini mantido no BC.

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