Economia

IPC-S fica em 0,41% na 1ª quadrissemana de agosto

Transportes, alimentação, comunicação e saúde e cuidados pessoais registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços no período

Transportes: setor foi a principal contribuição para a aceleração do IPC-S no período (GettyImages/Getty Images)

Transportes: setor foi a principal contribuição para a aceleração do IPC-S no período (GettyImages/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 09h12.

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,41% na primeira quadrissemana de agosto após ter alta de 0,38% na última leitura de julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, dia 8.

Das oito classes de despesas analisadas, quatro registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços no período: Transportes (0,40% para 1,00%), Alimentação (-0,22% para -0,14%), Comunicação (0,58% para 0,63%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,33%).

Em contrapartida, outros quatro grupos registraram desaceleração entre a última quadrissemana de julho e a primeira de agosto: Habitação (1,15% para 0,87%), Vestuário (-0,08% para -0,39%), Educação, Leitura e Recreação (0,19% para 0,11%) e Despesas Diversas (0,18% para 0,08%).

A principal contribuição para a aceleração do IPC-S no período veio do grupo Transportes. O avanço do conjunto, por sua vez, foi bastante influenciado pelo encarecimento da gasolina (2,61% para 5,29%), que sofre os efeitos do aumento da alíquota do PIS/Cofins, anunciado pelo governo no dia 20 de julho.

Dentre os outros grupos que registraram acréscimo no período, a FGV destaca os itens hortaliças e legumes (1,49% para 4,37%), em Alimentação; tarifa de telefone móvel (0,62% para 0,76%), no segmento Comunicação; e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,08% para 0,27%), em Saúde e Cuidados Pessoais.

Por outro lado, roupas (-0,31% para -0,52%) foi o principal responsável pela queda maior em Vestuário; salas de espetáculo (1,93% para 0,88%) ajudou na desaceleração de Educação, Leitura e Recreação; e cartão de telefone (1,24% para 0,00%) influenciou o decréscimo de Despesas Diversas.

Depois de mostrar elevação constante em julho, a tarifa de eletricidade residencial (5,95% para 5,04%) começou a desacelerar na primeira quadrissemana de agosto, contribuindo para o arrefecimento em Habitação. Isso porque a diferença de preços entre a bandeira amarela (R$ 2 por KW/h) e a bandeira vermelha (R$ 3 KW/h) - vigente este mês - é menor do que da bandeira verde (sem cobrança extra) em relação à amarela, o que aconteceu no mês passado.

Além disso, em julho, houve reajuste tarifário da Eletropaulo, em São Paulo, o que ajudou a elevar ainda mais a conta naquele mês.

Mesmo com a desaceleração, tarifa de eletricidade residencial continuou como uma das principais influências individuais de alta na primeira quadrissemana de agosto, seguida por gasolina, tomate (mesmo com o alívio de 24,30% para 22,12%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%) e condomínio residencial (a despeito do arrefecimento de 2,61% para 1,32%).

Já entre as maiores influências individuais de baixa na primeiro leitura do IPC-S ficaram batata-inglesa (apesar da deflação menor, de -29,30% para -26,28%), leite tipo longa vida (-2,81% para -3,35%), banana-prata (-6,88% para -7,00%), feijão carioca (-6,44% para -10,56%) e laranja pera (mesmo com a taxa mais elevada, de -9,38% para -7,38%).

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