Investimentos podem chegar a 24% do PIB, diz Mantega
Segundo o ministro da Fazenda, o investimento em infraestrutura dará dinamismo à economia brasileira, a exemplo da China
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2013 às 11h58.
Nova York - O investimento em infraestrutura, assim como ocorreu na China, dará dinamismo à economia brasileira e a participação no Produto Interno Bruto ( PIB ) pode passar do nível atual de 18% a 19% para 23% ou 24%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega , nesta quarta-feira, 25, durante seminário sobre infraestrutura no Brasil organizado pelo Goldman Sachs, em Wall Street.
Mantega ressaltou que o Brasil está superando os efeitos da crise internacional e caminha gradualmente para um crescimento sustentável. Os Estados Unidos ainda estão crescendo menos do que o esperado e o ministro disse que os estímulos monetários norte-americanos precisam ser reduzidos. A redução, segundo ele, tem, no entanto, de ser organizada, caso contrário, a volatilidade e a turbulência no mercado internacional ficam muito elevadas.
"Agora parece que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) está definindo mais claramente como será a redução dos estímulos. O caminho adequado é um gradualismo para esta redução", disse em sua apresentação, destacando que apenas a expectativa de mudanças da política monetária afetou muito os países emergentes, influenciando sobretudo as moedas.
"Talvez tenhamos aí uma calmaria", disse ao comentar sobre a decisão do Fed tomada na semana passada de adiar a diminuição do ritmo mensal de compras de ativos.
Mantega frisou que o Brasil tem armas para lutar contra a maior instabilidade nos mercados, como as altas reservas internacionais e a menor dívida pública em comparação com outros países. O ministro falou que o dólar chegou a R$ 2,45 e, recentemente, após a decisão do Fed, a moeda norte-americana recuou para R$ 2,20 e não houve saída de capital no Brasil, como se viu em outros países emergentes.
"Não gastamos um milhão sequer das nossas reservas para fazer face a essas turbulências", afirmou, ressaltando ainda que o Brasil, diferentemente de outros mercados emergentes, tem um mercado de derivativos desenvolvido.
Sobre a deterioração da conta corrente este ano, Mantega ressaltou que ela é passageira e destacou que se explica pela conta petróleo, por causa das importações e exportações do óleo e derivados. Houve aumento do consumo de derivados no Brasil ao mesmo tempo em que a produção da Petrobras não cresceu, mostrando até uma queda, devido a paradas técnicas em algumas plataformas, que diminuiu provisoriamente a provisão, afirmou.
No final de 2013, a produção de petróleo deve crescer, disse Mantega, com a entrada em funcionamento de novas sondas no ano passado e neste. "Isso vai aumentar a produção de petróleo e levar o país novamente à condição de exportador de petróleo."
O seminário em Wall Street do qual o ministro Mantega participa discute oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil. O evento é promovido pelo banco Goldman Sachs, grupo Bandeirantes e pelo jornal Metro e reúne cerca de 350 investidores.
A presidente Dilma Rousseff deve encerrar o evento com uma apresentação na tarde desta quarta-feira, 25. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também está presente.
Nova York - O investimento em infraestrutura, assim como ocorreu na China, dará dinamismo à economia brasileira e a participação no Produto Interno Bruto ( PIB ) pode passar do nível atual de 18% a 19% para 23% ou 24%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega , nesta quarta-feira, 25, durante seminário sobre infraestrutura no Brasil organizado pelo Goldman Sachs, em Wall Street.
Mantega ressaltou que o Brasil está superando os efeitos da crise internacional e caminha gradualmente para um crescimento sustentável. Os Estados Unidos ainda estão crescendo menos do que o esperado e o ministro disse que os estímulos monetários norte-americanos precisam ser reduzidos. A redução, segundo ele, tem, no entanto, de ser organizada, caso contrário, a volatilidade e a turbulência no mercado internacional ficam muito elevadas.
"Agora parece que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) está definindo mais claramente como será a redução dos estímulos. O caminho adequado é um gradualismo para esta redução", disse em sua apresentação, destacando que apenas a expectativa de mudanças da política monetária afetou muito os países emergentes, influenciando sobretudo as moedas.
"Talvez tenhamos aí uma calmaria", disse ao comentar sobre a decisão do Fed tomada na semana passada de adiar a diminuição do ritmo mensal de compras de ativos.
Mantega frisou que o Brasil tem armas para lutar contra a maior instabilidade nos mercados, como as altas reservas internacionais e a menor dívida pública em comparação com outros países. O ministro falou que o dólar chegou a R$ 2,45 e, recentemente, após a decisão do Fed, a moeda norte-americana recuou para R$ 2,20 e não houve saída de capital no Brasil, como se viu em outros países emergentes.
"Não gastamos um milhão sequer das nossas reservas para fazer face a essas turbulências", afirmou, ressaltando ainda que o Brasil, diferentemente de outros mercados emergentes, tem um mercado de derivativos desenvolvido.
Sobre a deterioração da conta corrente este ano, Mantega ressaltou que ela é passageira e destacou que se explica pela conta petróleo, por causa das importações e exportações do óleo e derivados. Houve aumento do consumo de derivados no Brasil ao mesmo tempo em que a produção da Petrobras não cresceu, mostrando até uma queda, devido a paradas técnicas em algumas plataformas, que diminuiu provisoriamente a provisão, afirmou.
No final de 2013, a produção de petróleo deve crescer, disse Mantega, com a entrada em funcionamento de novas sondas no ano passado e neste. "Isso vai aumentar a produção de petróleo e levar o país novamente à condição de exportador de petróleo."
O seminário em Wall Street do qual o ministro Mantega participa discute oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil. O evento é promovido pelo banco Goldman Sachs, grupo Bandeirantes e pelo jornal Metro e reúne cerca de 350 investidores.
A presidente Dilma Rousseff deve encerrar o evento com uma apresentação na tarde desta quarta-feira, 25. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também está presente.