Inflação sobe 1,22% em fevereiro e atinge 7,70% em 12 meses
Taxa anualizada é a mais alta desde maio de 2005; sozinha, gasolina foi responsável por um quarto do índice
João Pedro Caleiro
Publicado em 6 de março de 2015 às 09h50.
São Paulo - A inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 1,22% em fevereiro, divulgou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em janeiro, o resultado havia ficado em 1,24%. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses atingiu 7,70% - acima do teto da meta do governo, que é 6,5%. É também a taxa anualizada mais alta desde maio de 2005, quando chegou a 8,05%.
O destaque do mês foi a gasolina, que teve um aumento de 8,42% devido à alta nas alíquotas de PIS/COFINS. Sozinho, o item respondeu por um impacto de 0,31 ponto percentual - um quarto do IPCA do mês.
Dos 9 grupos pesquisados, 4 desaceleraram de um mês para o outro. Alimentação e Bebidas, que tem de longe o maior peso no índice, desacelerou de 1,48% para 0,81%.
Os alimentos consumidos fora de casa (0,95%) subiram mais do que os consumidos em casa (0,74%) e alguns continuam em forte alta, como a cenoura (14,41%) e a cebola (9,92%).
Também desaceleraram Habitação (de 2,42% para 1,22%), Despesas Pessoais (de 1,68% para 0,86%) e Comunicação (de 0,15% para -0,02%).
O grupo Vestuário também segue com queda de preços, porém menor (de -0,69% para -0,60%). Educação teve o maior salto - de 0,31% para 5,88% - por causa dos reajustes do início do ano letivo, que chegaram a 7,24% nos cursos regulares.
O grupo dos Transportes também acelerou a alta, devido aos já citados combustíveis e outros itens como trem (3,10%) e táxi (1,21%). Uma alta de 2,15% nos eletrodomésticos puxou para cima o grupo Artigos de Residência.
O último boletim Focus prevê que a inflação vai fechar o ano em 7,47% mesmo com a continuidade do aperto monetário.
O Banco Central reconhece que o primeiro semestre será de altas fortes, especialmente por causa do reajuste de preços administrados, mas espera desaceleração mais para o fim do ano e convergência em direção à meta de 4,5% em 2016.
Grupo | Variação (%) Janeiro | Variação (%) Fevereiro |
---|---|---|
Índice Geral | 1,24% | 1,22% |
Alimentação e Bebidas | 1,48% | 0,81% |
Habitação | 2,42% | 1,22% |
Artigos de Residência | -0,28% | 0,87% |
Vestuário | -0,69% | -0,60% |
Transportes | 1,83% | 2,20% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,32% | 0,60% |
Despesas pessoais | 1,68% | 0,86% |
Educação | 0,31% | 5,88% |
Comunicação | 0,15% | -0,02% |
Grupo | Impacto (%) Janeiro | Impacto (%) Fevereiro |
---|---|---|
Índice Geral | 1,24 | 1,22 |
Alimentação e Bebidas | 0,37 | 0,20 |
Habitação | 0,35 | 0,18 |
Artigos de Residência | -0,01 | 0,04 |
Vestuário | -0,04 | -0,04 |
Transportes | 0,34 | 0,41 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,03 | 0,07 |
Despesas pessoais | 0,18 | 0,09 |
Educação | 0,01 | 0,27 |
Comunicação | 0,01 | 0,00 |
São Paulo - A inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 1,22% em fevereiro, divulgou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em janeiro, o resultado havia ficado em 1,24%. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses atingiu 7,70% - acima do teto da meta do governo, que é 6,5%. É também a taxa anualizada mais alta desde maio de 2005, quando chegou a 8,05%.
O destaque do mês foi a gasolina, que teve um aumento de 8,42% devido à alta nas alíquotas de PIS/COFINS. Sozinho, o item respondeu por um impacto de 0,31 ponto percentual - um quarto do IPCA do mês.
Dos 9 grupos pesquisados, 4 desaceleraram de um mês para o outro. Alimentação e Bebidas, que tem de longe o maior peso no índice, desacelerou de 1,48% para 0,81%.
Os alimentos consumidos fora de casa (0,95%) subiram mais do que os consumidos em casa (0,74%) e alguns continuam em forte alta, como a cenoura (14,41%) e a cebola (9,92%).
Também desaceleraram Habitação (de 2,42% para 1,22%), Despesas Pessoais (de 1,68% para 0,86%) e Comunicação (de 0,15% para -0,02%).
O grupo Vestuário também segue com queda de preços, porém menor (de -0,69% para -0,60%). Educação teve o maior salto - de 0,31% para 5,88% - por causa dos reajustes do início do ano letivo, que chegaram a 7,24% nos cursos regulares.
O grupo dos Transportes também acelerou a alta, devido aos já citados combustíveis e outros itens como trem (3,10%) e táxi (1,21%). Uma alta de 2,15% nos eletrodomésticos puxou para cima o grupo Artigos de Residência.
O último boletim Focus prevê que a inflação vai fechar o ano em 7,47% mesmo com a continuidade do aperto monetário.
O Banco Central reconhece que o primeiro semestre será de altas fortes, especialmente por causa do reajuste de preços administrados, mas espera desaceleração mais para o fim do ano e convergência em direção à meta de 4,5% em 2016.
Grupo | Variação (%) Janeiro | Variação (%) Fevereiro |
---|---|---|
Índice Geral | 1,24% | 1,22% |
Alimentação e Bebidas | 1,48% | 0,81% |
Habitação | 2,42% | 1,22% |
Artigos de Residência | -0,28% | 0,87% |
Vestuário | -0,69% | -0,60% |
Transportes | 1,83% | 2,20% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,32% | 0,60% |
Despesas pessoais | 1,68% | 0,86% |
Educação | 0,31% | 5,88% |
Comunicação | 0,15% | -0,02% |
Grupo | Impacto (%) Janeiro | Impacto (%) Fevereiro |
---|---|---|
Índice Geral | 1,24 | 1,22 |
Alimentação e Bebidas | 0,37 | 0,20 |
Habitação | 0,35 | 0,18 |
Artigos de Residência | -0,01 | 0,04 |
Vestuário | -0,04 | -0,04 |
Transportes | 0,34 | 0,41 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,03 | 0,07 |
Despesas pessoais | 0,18 | 0,09 |
Educação | 0,01 | 0,27 |
Comunicação | 0,01 | 0,00 |