Economia

Inflação tem alta de 0,24% em agosto e 6,09% em 12 meses

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram resultados superiores ao mês de julho


	Supermercado no Rio de janeiro: alimentação e bebidas teve alta de 0,01%
 (André Valentim/EXAME.com)

Supermercado no Rio de janeiro: alimentação e bebidas teve alta de 0,01% (André Valentim/EXAME.com)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 10h33.

São Paulo - A inflação oficial do governo, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), registrou alta de 0,24% no mês de agosto. Os números foram anunciados nesta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A inflação havia sido de 0,03% em julho - o resultado mais baixo desde julho de 2010 (0,01%) - e de 0,26% em junho. Em comparação com o mês imediatamente anterior, o número de agosto é a primeira alta depois de três quedas consecutivas. 

O aumento dos preços nos últimos 12 meses ficou em 6,09%, abaixo dos 6,27% dos últimos 12 meses terminados em julho e abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%. No acumulado de 2013, a inflação registra alta de 3,43%. Em agosto de 2012, o IPCA havia registrado alta de 0,41%.

Dos 9 grupos pesquisados, 6 tiveram resultados superiores aos do mês anterior. Os dois setores que caíram foram "Despesas Pessoais" (alta de 0,39%, contra 1,13% em julho) e "Comunicação" (alta de 0,02%, contra 0,20% em julho), enquanto "Habitação" manteve a mesma taxa de aumento (0,57%).

Dois setores que haviam caído em julho subiram em agosto: "Vestuário" teve alta de 0,08% (contra queda de 0,39% em julho), puxado por um aumento de 0,72% em roupas infantis, e "Alimentação e bebidas" teve alta de 0,01% (contra queda de 0,33% em julho).

Junto com os transportes, esse é o item mais importante no orçamento das famílias. Mesmo sendo inferior a de julho, a alta de 3,75% do leite longa vida teve o maior impacto positivo do mês, enquanto a queda de 22,84% da cebola teve o impacto mais negativo.


"Artigos de Residência" subiu 0,89% em agosto (a alta em julho havia sido de 0,28%) e "Transportes" foi de uma queda de 0,66% em julho para uma queda de 0,06% em agosto. Foi a única deflação registrada no mês: as tarifas dos ônibus urbanos caíram 0,20% (após caírem 3,32% em julho), o etanol registrou baixa de 1,16% (após cair 0,55% no mês anterior) e as passagens aéreas caíram 0,61% (após alta de 0,17% em julho).

"Educação", que havia subido 0,11% em julho, subiu 0,67% em agosto. O item "Saúde e Cuidados Pessoais" foi de uma alta de 0,34% em julho para 0,45% em agosto, e contribuiu com 0,05 pontos percentuais para a taxa final. Este impacto só perde para a Habitação, que contribuiu com 0,08 pontos percentuais.

O maior índice regional foi o de Brasília, com alta de 0,46%, e o menor foi o de Fortaleza, única região com deflação (-0,11%).

Medido pelo IBGE desde 1980, o IPCA se refere às famílias com rendimento entre 01 e 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e Brasília. Foram considerados os preços coletados entre 30 de julho a 28 de agosto, em comparação aos vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também foi divulgado hoje e variou 0,16% em agosto, acima da queda de 0,13% de julho e abaixo dos 0,45% de agosto de 2012. Os produtos alimentícios registraram queda de 0,14% em agosto, enquanto os não-alimentícios subiram 0,29%.

No acumulado do ano, o INPC registra alta de 3,3%, abaixo dos 3,46% relativos ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 6,07%, abaixo dos 6,38% acumulados nos 12 meses até julho. 

O maior índice regional foi o de Goiânia (0,45%), enquanto o menores foram de Fortaleza e Belo Horizonte (queda de 0,10% cada).

Veja a tabela com todos os números do IPCA:

Grupo Variação (%) julho Variação (%) agosto Impacto (p.p.) julho Impacto (p.p) agosto
Índice geral 0,03 0,24 0,03 0,24
Alimentação e bebidas -0,33 0,01 -0,08 0,00
Habitação 0,57 0,57 0,08 0,08
Artigos de residência 0,28 0,89 0,01 0,04
Vestuário -0,39 0,08 -0,03 0,00
Transportes -0,66 -0,06 -0,13 -0,01
Saúde e cuidados pessoais 0,34 0,45 0,04 0,05
Despesas pessoais 1,13 0,39 0,12 0,04
Educação 0,11 0,67 0,01 0,03
Comunicação 0,20 0,02 0,01 0,00
Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCA

Mais de Economia

Congelamento de R$ 15 bi no Orçamento será oficializado nesta segunda

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Mais na Exame