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Inflação pode superar 5% em todo governo Dilma, diz BC

A trajetória ocorrerá se forem confirmadas as novas projeções para o IPCA, índice oficial de inflação, divulgadas na manhã desta quinta-feira

Inflação: em 2011, o IPCA fechou no teto da meta, em 6,5%, e, no ano passado, ficou em 5,84% (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 09h49.

Brasília - O governo Dilma Rousseff pode fechar todos os anos de mandato com inflação acima de 5% e, portanto, além do centro da meta de 4,5%.

A trajetória ocorrerá se forem confirmadas as novas projeções para o IPCA, índice oficial de inflação, divulgadas na manhã desta quinta-feira, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central.

Em 2011, o IPCA fechou no teto da meta, em 6,5%, e, no ano passado, ficou em 5,84%. Para este e o próximo ano, a autoridade monetária projeta taxas acima da marca, tanto no cenário de mercado quanto no de referência, conforme o documento.

O patamar acima de 5% para o indicador era esperado pelo mercado para 2014 há aproximadamente um ano. As projeções dos analistas subiram para esse nível ao final de fevereiro do ano passado.

No caso da inflação deste ano, as previsões estão consolidadas na casa de 5% há mais tempo. Na quarta-feira (27), falas da presidente na África do Sul causaram um rebuliço no mercado.

Ao dizer que "não acredita em políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico", Dilma sinalizou, na interpretação de profissionais do mercado, que a alta da Selic não está no horizonte.

Além disso, citou o Ministério da Fazenda - e não o Banco Central - no que diz respeito a "questões específicas de inflação". Mais tarde, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e a própria presidente da República voltaram a falar com a imprensa para tentar reverter os reflexos negativos das declarações no mercado.

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Em 2011, o IPCA fechou no teto da meta, em 6,5%, e, no ano passado, ficou em 5,84%. Para este e o próximo ano, a autoridade monetária projeta taxas acima da marca, tanto no cenário de mercado quanto no de referência, conforme o documento.

O patamar acima de 5% para o indicador era esperado pelo mercado para 2014 há aproximadamente um ano. As projeções dos analistas subiram para esse nível ao final de fevereiro do ano passado.

No caso da inflação deste ano, as previsões estão consolidadas na casa de 5% há mais tempo. Na quarta-feira (27), falas da presidente na África do Sul causaram um rebuliço no mercado.

Ao dizer que "não acredita em políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico", Dilma sinalizou, na interpretação de profissionais do mercado, que a alta da Selic não está no horizonte.

Além disso, citou o Ministério da Fazenda - e não o Banco Central - no que diz respeito a "questões específicas de inflação". Mais tarde, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e a própria presidente da República voltaram a falar com a imprensa para tentar reverter os reflexos negativos das declarações no mercado.

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