Inflação pelo IGP-10 desacelera a 0,19% em dezembro, diz FGV
No mês anterior, a inflação medida pelo índice teve alta de 0,44%
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h17.
São Paulo - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,19 por cento em dezembro, após alta de 0,44 por cento em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas ( FGV ), nesta quinta-feira, para quem um novo padrão inflacionário no país deve se estender para os primeiros meses de 2012.
"O cenário mundial e as conseqüências da crise estão sendo repassadas de maneira mais clara e transparente para a inflação", disse a jornalistas o economista da FGV Salomão Quadros. "De agosto a outubro, a nossa inflação subiu e ganhou um novo patamar por conta da pressão cambial, agora o padrão mudou com o agravamento da crise global", acrescentou.
Com o resultado de dezembro, o mais baixo desde julho (-0,12 por cento), o IGP-10 fechou 2011 com alta de 5,33 por cento, menos da metade da taxa de 2010, de 11,16 por cento.
Segundo Salomão, a leitura do IGP-10 mostra a "queda das commodities está chegando com mais intensidade aos preços e que estamos entrando num período de IGPs mais baixos".
Componentes
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - que corresponde a 60 por cento do IGP-10 - caiu 0,03 por cento, contra alta anterior de 0,48 por cento. O movimento foi puxado pela queda de 4,62 por cento no componente Minério de Ferro, ante alta em novembro de 3,03 por cento.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30 por cento no IGP-10, avançou 0,65 por cento, frente a 0,31 por cento. Segundo a FGV, cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração em dezembro, com destaque para Alimentação (de 0,20 por cento para 1,02 por cento).
Respondendo por 10 por cento do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve elevação de 0,53 por cento, ante 0,39 por cento. O componente Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,24 por cento, contra alta de 0,28 por cento em novembro, ao passo que Mão de Obra registrou acréscimo de 0,81 por cento em dezembro, ante 0,50 por cento.
Em 2011, os preços no atacado subiram 4,69 por cento, abaixo da inflação pelo IGP-10. Varejo e construção civil, por outro lado, ficaram acima - 6,17 por cento e 7,74 por cento, respectivamente.
"O IPA absorve mais rápido os efeitos da desaceleração da economia e da crise mundial. Já o varejo e a construção ainda sofrem influência de massa salarial e demanda mais aquecida", afirmou Quadros, prevendo que o alívio nos preços do atacado deve chegar ao varejo em breve.
De acordo com a FGV, em 2011, a alta nos alimentos no atacado, muitos deles commodities ou derivados, diminuiu para 3,76 por cento, contra 17,13 por cento em 2010. As matérias-primas agropecuárias passaram de alta de 26,46 por cento no ano passado para 3,65 por cento este ano.
No IPC, a alta de 6,17 por cento foi a maior desde 2003, quando saltou 9,86 por cento. Todos os grupos, com exceção de Alimentos, avançaram entre um ano e outro. "Isso é um claro sinal de demanda e aquecimento em boa parte do ano", disse Quadros.
No caso do INCC, o acréscimo de 7,74 por cento foi influenciado pelo aumento salarial, que levou o grupo Mão de Obra que saltou 11,11 por cento neste ano, contra 9,51 por cento em 2010.
São Paulo - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,19 por cento em dezembro, após alta de 0,44 por cento em novembro, informou a Fundação Getulio Vargas ( FGV ), nesta quinta-feira, para quem um novo padrão inflacionário no país deve se estender para os primeiros meses de 2012.
"O cenário mundial e as conseqüências da crise estão sendo repassadas de maneira mais clara e transparente para a inflação", disse a jornalistas o economista da FGV Salomão Quadros. "De agosto a outubro, a nossa inflação subiu e ganhou um novo patamar por conta da pressão cambial, agora o padrão mudou com o agravamento da crise global", acrescentou.
Com o resultado de dezembro, o mais baixo desde julho (-0,12 por cento), o IGP-10 fechou 2011 com alta de 5,33 por cento, menos da metade da taxa de 2010, de 11,16 por cento.
Segundo Salomão, a leitura do IGP-10 mostra a "queda das commodities está chegando com mais intensidade aos preços e que estamos entrando num período de IGPs mais baixos".
Componentes
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) - que corresponde a 60 por cento do IGP-10 - caiu 0,03 por cento, contra alta anterior de 0,48 por cento. O movimento foi puxado pela queda de 4,62 por cento no componente Minério de Ferro, ante alta em novembro de 3,03 por cento.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30 por cento no IGP-10, avançou 0,65 por cento, frente a 0,31 por cento. Segundo a FGV, cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração em dezembro, com destaque para Alimentação (de 0,20 por cento para 1,02 por cento).
Respondendo por 10 por cento do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve elevação de 0,53 por cento, ante 0,39 por cento. O componente Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,24 por cento, contra alta de 0,28 por cento em novembro, ao passo que Mão de Obra registrou acréscimo de 0,81 por cento em dezembro, ante 0,50 por cento.
Em 2011, os preços no atacado subiram 4,69 por cento, abaixo da inflação pelo IGP-10. Varejo e construção civil, por outro lado, ficaram acima - 6,17 por cento e 7,74 por cento, respectivamente.
"O IPA absorve mais rápido os efeitos da desaceleração da economia e da crise mundial. Já o varejo e a construção ainda sofrem influência de massa salarial e demanda mais aquecida", afirmou Quadros, prevendo que o alívio nos preços do atacado deve chegar ao varejo em breve.
De acordo com a FGV, em 2011, a alta nos alimentos no atacado, muitos deles commodities ou derivados, diminuiu para 3,76 por cento, contra 17,13 por cento em 2010. As matérias-primas agropecuárias passaram de alta de 26,46 por cento no ano passado para 3,65 por cento este ano.
No IPC, a alta de 6,17 por cento foi a maior desde 2003, quando saltou 9,86 por cento. Todos os grupos, com exceção de Alimentos, avançaram entre um ano e outro. "Isso é um claro sinal de demanda e aquecimento em boa parte do ano", disse Quadros.
No caso do INCC, o acréscimo de 7,74 por cento foi influenciado pelo aumento salarial, que levou o grupo Mão de Obra que saltou 11,11 por cento neste ano, contra 9,51 por cento em 2010.