Economia

Inflação nos supermercados chega a 0,98% em janeiro

No acumulado de janeiro a dezembro de 2017, os preços dos supermercados haviam registrado queda de 2,3%

Supermercados: a deflação de alimentos do ano passado foi consequência da safra recorde brasileira (Divulgação/Reprodução)

Supermercados: a deflação de alimentos do ano passado foi consequência da safra recorde brasileira (Divulgação/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 17h12.

São Paulo - Após queda recorde no ano passado, os preços em supermercados de São Paulo iniciaram 2018 em trajetória de alta. Segundo o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) e Fipe, a inflação nos supermercados chegou a 0,98% em janeiro.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2017, os preços dos supermercados haviam registrado queda de 2,3%, menor valor desde o início da medição em 1994.

A Apas destaca em nota que o mês de janeiro é tipicamente um mês de elevação de preços no setor. A entidade manteve sua projeção de que os preços devem subir na ordem de 3% a 4% este ano na comparação com 2017.

A deflação de alimentos do ano passado foi consequência da safra recorde brasileira, mas em 2018 a expectativa é que o efeito seja menor. Além disso, a entidade trabalha com um cenário de retomada da demanda, com melhora no nível de emprego, o que tende a permitir uma recuperação dos preços.

A análise de janeiro aponta a ocorrência de aumentos de preço na maior parte dos grupos de produtos. Das 27 subcategorias que compõem o IPS, 19 apresentaram aumento. Os produtos in natura tiveram alta de 6,47%, puxados pelo aumento no preço dos legumes, na ordem de 25%, o quinto maior da série histórica.

No grupo dos produtos industrializados, o aumento em janeiro foi de 0,74%, menor que o registrado em janeiro de 2017, quando a inflação chegou a 0,92%. Todos os subgrupos desta categoria apresentaram crescimento, com destaque para os derivados do leite, que possuem um peso alto na composição de gastos familiares, e registraram crescimento na ordem de 0,68%. A margarina foi a grande responsável pelo resultado, com alta de 2,04%.

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