Economia

Inflação na China sobe para 2,5% em maio

Índice de preços para o consumidor da China registrou em maio o valor de 2,5% em estimativa anual


	Bandeira da China: IPC de maio está 7 décimos acima do registrado em abril
 (Mark Ralston/AFP)

Bandeira da China: IPC de maio está 7 décimos acima do registrado em abril (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 08h58.

Pequim - O índice de preços para o consumidor (IPC) da China, a segunda maior economia mundial, registrou em maio o valor de 2,5% em estimativa anual, informou nesta terça-feira o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, sigla em inglês).

O IPC de maio está 7 décimos acima do registrado em abril (1,8% anualizado), quando a inflação teve o seu menor índice em ano e meio, e um décimo a mais do que em março (2,4%).

No entanto, a inflação continua muito abaixo do limite estabelecido pelo governo chinês para este ano, de 3,5%.

Os preços dos alimentos, que representam um terço da cesta básica do consumidor chinês, cresceram para 4% em estimativa anual, muito acima dos 2,3% de abril.

Em comparação com o mês anterior, os preços subiram 0,1%.

Por sua vez, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação no atacado, voltou a se reduzir, neste caso para 1,4%, e já acumula 27 meses consecutivos de quedas.

No entanto, a redução é menor depois da registrada em abril, de 2%.

A divulgação do IPC de maio acontece dois dias depois da publicação dos dados das exportações chinesas nesse mesmo mês, que registraram uma forte alta de 7%, em estimativa anual, superando as expectativas, enquanto as importações caíram de forma inesperada, 1,6% nesse mesmo período.

A economia chinesa se encontra em pleno processo de reforma, o que a levou a uma desaceleração no curto prazo.

O governo pretende mudar para um modelo de desenvolvimento econômico mais baseado no consumo interno do que nas exportações e nos investimentos do Estado.

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 7,7% em 2013, o índice mais baixo desde 1999, e a desaceleração continuou no primeiro trimestre deste ano, no qual a expansão econômica foi de 7,4%, a mais baixa desde 2012 e abaixo da meta estabelecida por Pequim para este ano, de 7,5%.

O Executivo chinês tinha se recusado a aprovar estímulos monetários mais contundentes até agora, mas o Banco Popular da China (PBOC, o banco central do país na sigla em inglês) anunciou ontem uma redução de 0,5% nos requisitos de reservas de alguns bancos e pessoas que fazem empréstimos.

Tal medida foi vista pelos analistas como um "sinal" de que Pequim talvez relaxe mais suas políticas no futuro.

"Dissemos que não vamos buscar cegamente o crescimento do PIB. Mas isso não quer dizer que não nos preocupemos com um crescimento econômico razoável", disse o primeiro-ministro, Li Keqiang, na última sexta-feira, em um encontro com líderes locais, segundo um comunicado divulgado pelo Conselho do Estado.

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