Economia

Inflação para famílias de baixa renda desacelera para 0,18% em maio

São Paulo - A inflação percebida entre as famílias de baixa renda desacelerou em maio. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços para famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, e que subiu 0,18% no quinto […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - A inflação percebida entre as famílias de baixa renda desacelerou em maio. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços para famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, e que subiu 0,18% no quinto mês do ano, após avançar 1,28% em abril. Com este resultado, o índice acumula altas de 5,18% no ano e de 5,04% em 12 meses.

A taxa do IPC-C1 em maio também ficou abaixo da inflação média apurada entre famílias mais abastadas, com renda mensal entre um e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), e que subiu 0,21% no mesmo mês. O IPC-BR acumula elevações de 3,86% no ano e de 5,28% em 12 meses até maio.

Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, quatro apresentaram quedas mais intensas ou desaceleração de preços em suas taxas de variação de preços de abril para maio. Mas o grupo que mais contribuiu para a taxa menor do índice em maio foi o dos alimentos, cujos preços saíram de uma elevação de 2,52% para uma queda de 0,20% no período. Isso porque nesta classe de despesa houve deflações ou inflação mais fraca nos preços de tomate (de 6,79% para -29,53%), leite tipo longa vida (de 9,66% para 1,82%), feijão carioquinha (de 30,82% para 13,95%) e carnes bovinas (de 2,81% para 1,54%).

Além de alimentação, as outras classes de despesa que apresentaram menor pressão inflacionária ou queda de preços, no mesmo período, foram vestuário (de 1,13% para 0,80%), saúde e cuidados pessoais (de 1,28% para 0,66%) e educação, leitura e recreação (de 0,57% para 0,00%). Duas classes de despesa tiveram inflação mais intensa ou fim de estabilidade de preços, como habitação (de 0,29% para 0,63%) e despesas diversas (de 0,00% para 0,16%). Já o grupo transportes manteve-se com a mesma taxa de deflação, no período (de -0,01%).

A FGV informou ainda que, em maio, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-C1, as mais expressivas elevações de preços foram detectadas em taxa de água e esgoto residencial (1,57%), tarifa de eletricidade residencial (1,54%) e gás de botijão (0,44%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em tomate (-29,53%), batata inglesa (-0,32%) e leite tipo longa vida (1,82%).

Leia outras notícias sobre inflação

Acompanhe tudo sobre:América LatinaClasse DClasse EDados de BrasilInflação

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação