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Inflação em abril é a menor do ano, diz IBGE

O IPCA-15, que equivale a uma prévia para o índice usado nas metas de inflação, mostrou alta de 0,21% nos preços

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.

A inflação em abril foi a menor registrada em 2004. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), os preços subiram 0,21%. Em janeiro, o índice havia sido de 0,68%, em fevereiro, de 0,90% e em março, de 0,40%. A redução ocorreu principalmente em razão da deflação nos alimentos e nos combustíveis e à desaceleração de outros itens, como telefone fixo e cigarro. O acumulado no ano ficou em 2,21% e o acumulado em 12 meses, em 5,33%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que realiza a pesquisa de preços, a variação negativa dos alimentos (-0,17%) deveu-se, principalmente, ao aumento da oferta, decorrente da comercialização da nova safra. As maiores quedas ocorreram no preço do tomate (-13,98%), do açúcar refinado (-5,63%), das frutas (-2,79%), do arroz (-2,76%) e do feijão carioca (-2,35%).

O IPCA-15 é calculado da mesma forma que o IPCA, que serve como base para as metas de inflação, acertadas com o Fundo Monetário Internacional. Em razão disso, ele funciona como uma prévia da chamada inflação oficial. A única diferença entre os dois é o período em a coleta dos dados é feita. O período do IPCA-15 vai do dia 15 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.

O resultado do IPCA-15 "muito abaixo das expectativas" surpreendeu e levou a consultoria Global Invest a considerar um possível corte de 0,5 ponto percentual na Selic em maio. "Há espaço e necessidade para que haja uma redução mais acentuada dos juros", afirmou a consultoria em nota. Um possível descontrole da inflação tem sido o principal argumento do Banco Central para baixar lentamente os juros, hoje em 16% ao ano.

As pesquisas dos indicadores de preços têm como base a cesta média de compras das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, Brasília e Goiânia.

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