A economia americana apresentou maus resultados na semana passada. A inflação ao produtor apresentou uma alta de 1,6% no mês de janeiro, puxado principalmente pelo aumento de 4,8% na energia e de 1,6% nos alimentos. O núcleo da inflação que desconta esses dois itens por serem muito voláteis também apresentou uma expressiva alta de 0,9%. Essa foi a maior inflação ao produtor desde 1990.

Outro resultado negativo para a economia americana foi a alta no déficit da balança comercial que ficou em US$ 44,2 bilhões de dólares. Os Estados Unidos apresentam o maior déficit comercial acumulado em doze meses (US$ 435,2 bilhões) da história do país, quase o PIB do Brasil. O mais assustador é que essa marca foi alcançada no mesmo período em que a moeda americana perdeu por volta de 20% do seu valor frente às principais moedas mundiais.

Para a consultoria GlobalInvest, a economia americana se mostra numa situação difícil e de grande fragilidade, apresentando o maior índice de inflação dos últimos anos ao mesmo tempo em que a economia tem um crescimento inexpressivo e o número de pedidos de auxílio desemprego sobe para 402 mil. No meio dessa situação o Tesouro americano informa que o governo apresentará seu limite de endividamento de US$ 6,4 trilhões. Enquanto o Congresso não aprovar um aumento do teto o FED vai ter que apelar para um fundo de pensão federal. O teto de endividamento já foi aumentado uma vez durante o governo Bush.

Para esta semana, novos indicadores vão ser o foco das atenções e das preocupações, além da afirmação do secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, que disse ser "hora de agir" para desarmar o Iraque. Powell está na China tentando obter apoio para uma possível guerra contra Bagdá e para garantir ajuda diplomática na crise norte-coreana. Serão divulgados nesta terça-feira (25/1) o índice de confiança do consumidor e as vendas de imóveis usados. Na quinta-feira (27/2), os pedidos de bens duráveis, os pedidos de seguro desemprego e a venda de imóveis novos. O mais importante deles, contudo, só na sexta-feira: o PIB do quarto trimestre, estimado pelo mercado em 1,3%, além da medição da confiança do consumidor.