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Inflação de 2014 vai ser pressionada pelas tarifas

Para 2014, economista prevê reajuste de 4% da energia elétrica, com impacto de 0,10 ponto porcentual de alta na inflação

Troca reais por dólares em casa de câmbio: o câmbio é apontado pelos economistas como principal fator de risco inflacionário para o ano que vem (Bruno Domingos/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 08h42.

São Paulo - A inflação vai continuar sendo um problema para os brasileiros em 2014 e deve ficar acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central (BC) de 4,5% pelo quinto ano consecutivo. Previsões para 2014 de consultorias para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), variam entre 5,7% e 6%, podendo superar esse teto por causa do comportamento do dólar.

O Boletim Focus do BC, divulgado na segunda-feira, mostrou que o mercado elevou de 5,95% para 5,97% a expectativa do IPCA para 2014.

O câmbio é apontado pelos economistas como principal fator de risco inflacionário para o ano que vem, especialmente depois que o Fed, o banco central americano, decidiu retirar os estímulos à economia dos Estados Unidos, reduzindo gradualmente as compras de títulos no mercado. Isso pode aumentar a volatilidade da cotação da moeda americana.

E o maior fator de pressão para a inflação de 2014 é a alta dos preços administrados, que neste ano tiveram um alívio por causa das intervenções do governo e que não devem se repetir em 2014.

Em 2013, os preços administrados devem ter aumentado 1,5% e, em 2014, a perspectiva é de alta de 4,5%, nas contas da Rosenberg Associados, por exemplo. A Tendências Consultoria Integrada projeta um aumento de 4,35% dos preços administrados no ano que vem e de 1,25% em 2013. Já a LCA Consultores espera um avanço de 1,4% dos administrados neste ano e de 4,10% em 2014.

"Os preços administrados são o maior fator de aceleração da inflação em 2014", prevê o economista da Rosenberg, Fernando Parmagnani. Ele destaca o fim do alívio dado neste ano para os preços da energia elétrica.


Por decisão do governo, a tarifa de eletricidade teve redução de 15%, o que representou um alívio de 0,40 ponto porcentual no IPCA deste ano. Para 2014, Parmagnani prevê reajuste de 4% da energia elétrica, com impacto de 0,10 ponto porcentual de alta na inflação.

Fábio Romão, economista da LCA, que projeta reajuste um pouco mais salgado para energia elétrica para 2014, de 4,20%, acrescenta outro fator de pressão para os preços administrados. "O reajuste dos ônibus urbanos, que foi zerado este ano depois das manifestações de junho, deve ser de 2,65% em 2014", prevê.

Também ele espera um aumento de 1,9% no preço da gasolina, por causa de reajustes de mercado, sem contar aumentos que possam ocorrer nas refinarias, autorizados pelo governo. "Aumentos do táxi e de passagens de trem e de ônibus intermunicipais podem pressionar a inflação também."

Para a economista da consultoria Tendências, Adriana Molinari, só os preços livres têm perspectiva de desaceleração em 2014, ainda que sofram alguma pressão por causa da maior oscilação do dólar. Ela projeta alta de 6,5% para os preços livres para 2014, ante elevação de 7,1% em 2013.

"Os preços livres vão ter um alívio em 2014, mas não é algo que salte aos olhos", pondera Romão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A inflação vai continuar sendo um problema para os brasileiros em 2014 e deve ficar acima do centro da meta estabelecida pelo Banco Central (BC) de 4,5% pelo quinto ano consecutivo. Previsões para 2014 de consultorias para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), variam entre 5,7% e 6%, podendo superar esse teto por causa do comportamento do dólar.

O Boletim Focus do BC, divulgado na segunda-feira, mostrou que o mercado elevou de 5,95% para 5,97% a expectativa do IPCA para 2014.

O câmbio é apontado pelos economistas como principal fator de risco inflacionário para o ano que vem, especialmente depois que o Fed, o banco central americano, decidiu retirar os estímulos à economia dos Estados Unidos, reduzindo gradualmente as compras de títulos no mercado. Isso pode aumentar a volatilidade da cotação da moeda americana.

E o maior fator de pressão para a inflação de 2014 é a alta dos preços administrados, que neste ano tiveram um alívio por causa das intervenções do governo e que não devem se repetir em 2014.

Em 2013, os preços administrados devem ter aumentado 1,5% e, em 2014, a perspectiva é de alta de 4,5%, nas contas da Rosenberg Associados, por exemplo. A Tendências Consultoria Integrada projeta um aumento de 4,35% dos preços administrados no ano que vem e de 1,25% em 2013. Já a LCA Consultores espera um avanço de 1,4% dos administrados neste ano e de 4,10% em 2014.

"Os preços administrados são o maior fator de aceleração da inflação em 2014", prevê o economista da Rosenberg, Fernando Parmagnani. Ele destaca o fim do alívio dado neste ano para os preços da energia elétrica.


Por decisão do governo, a tarifa de eletricidade teve redução de 15%, o que representou um alívio de 0,40 ponto porcentual no IPCA deste ano. Para 2014, Parmagnani prevê reajuste de 4% da energia elétrica, com impacto de 0,10 ponto porcentual de alta na inflação.

Fábio Romão, economista da LCA, que projeta reajuste um pouco mais salgado para energia elétrica para 2014, de 4,20%, acrescenta outro fator de pressão para os preços administrados. "O reajuste dos ônibus urbanos, que foi zerado este ano depois das manifestações de junho, deve ser de 2,65% em 2014", prevê.

Também ele espera um aumento de 1,9% no preço da gasolina, por causa de reajustes de mercado, sem contar aumentos que possam ocorrer nas refinarias, autorizados pelo governo. "Aumentos do táxi e de passagens de trem e de ônibus intermunicipais podem pressionar a inflação também."

Para a economista da consultoria Tendências, Adriana Molinari, só os preços livres têm perspectiva de desaceleração em 2014, ainda que sofram alguma pressão por causa da maior oscilação do dólar. Ela projeta alta de 6,5% para os preços livres para 2014, ante elevação de 7,1% em 2013.

"Os preços livres vão ter um alívio em 2014, mas não é algo que salte aos olhos", pondera Romão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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