Economia

Inflação alta não é sinônimo de crescimento, diz economista

Para Edmund S. Phelps, ganhador do prêmio Nobel de economia 2006, elevação generalizada de preços tende a ser nociva no longo prazo

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.

A idéia de que uma alta taxa de inflação poderia impulsionar o crescimento da economia brasileira é fortemente contestada por grandes nomes na economia mundial. Para Edmund S. Phelps, ganhador do prêmio Nobel de economia de 2006 e professor da Universidade Columbia, nos Estados Unidos acreditar nesse pensamento pode ser um grave erro. "Não há evidência de que uma política monetária que estimule a inflação alta sirva para que se tenha mais que um efeito transitório no crescimento econômico. E o efeito, a longo prazo, sobre o crescimento, está sujeito a ser bastante negativo", diz.

De acordo com o economista, o ideal seria que o Banco Central agisse de forma a manter a inflação sob controle, mas deixando que o mercado determine o nível de atividade econômica. O governo poderia se preocupar em cortar gastos equivocados e, ao eliminar o déficit fiscal, reformular suas contas. "Vejo a austeridade fiscal como uma virtude", afirma.

Em relação ao bolsa-família, Phelps destaca: "subsídios modestos, que permitam aos jovens permanecer na escola por mais tempo, são bons. Mas seria mais produtivo melhorar o conteúdo do que é estudado. Isso seria não apenas mais valioso para o aluno, como também tornaria mais atrativa a permanência na escola".

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