Inflação acelera para 1,32% em março e 8,13% em 12 meses
Alta da energia elétrica faz inflação acelerar em março, que registrou a maior taxa mensal desde fevereiro de 2003
João Pedro Caleiro
Publicado em 8 de abril de 2015 às 09h54.
São Paulo - A inflação no Brasil medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) foi para 1,32% em março, divulgou nesta manhã o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, o acumulado de 12 meses ficou em 8,13%, acima do teto da meta do governo (6,5%).
A taxa mensal foi a maior desde fevereiro de 2003, que foi de 1,57%. O mês não tinha uma inflação tão alta há exatos 20 anos, desde março de 1995, quando ficou em 1,55%. Em março do ano passado, o IPCA estava em 0,92%.
2015 também já tem a maior taxa acumulada para um primeiro trimestre (3,83%) desde 2003, quando ficou em 5,13% no mesmo período. O acumulado de 12 meses registra o patamar mais elevado desde dezembro de 2003, quando estava em 9,3%.
Setores
A energia elétrica foi a maior responsável pela inflação do mês. Em 02 de março, entrou em vigor a revisão de tarifas que levou a uma alta média de 22%. Nos últimos 12 meses, as contas já estão 60,42% mais caras.
A alta da energia teve um impacto direto de 0,71 ponto percentual no IPCA, mais da metade do índice mensal final. Foi este o fator responsável por levar o setor Habitação de uma alta de 1,22% em fevereiro para 5,29% em março.
Dos 9 grupos pesquisados, 4 subiram e 5 desceram. A segunda maior alta, depois da Habitação, foi a do grupo Alimentação e Bebidas, que é de longe o que tem mais peso no cálculo. O grupo foi de 0,81% em fevereiro para 1,17% em março e causou um impacto de 0,29 ponto percentual no índice final.
Os alimentos já ficaram 3,5% mais caros em 2015 e 8,19% nos últimos 12 meses. A variação acumulada é ainda maior em itens como cebola (38%), cenoura (25%) e alho (24%).
O grupo Transportes desacelerou mas continua refletindo o aumento do imposto PIS/COFINS sobre a gasolina em fevereiro, além das altas no transporte público. As tarifas de ônibus urbanos estão, em média, 11,91% mais caras em 2015, e isso porque ainda não sofreram reajuste em 4 das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE.
A pressão negativa na inflação de março veio da queda de 15,45% nas passagens aéreas e de 4,13% nas tarifas de telefone fixo, o que puxou mais para baixo o grupo Comunicação.
Grupo | Variação (%) Fevereiro | Variação (%) Março |
---|---|---|
Índice Geral | 1,22% | 1,32% |
Alimentação e Bebidas | 0,81% | 1,17% |
Habitação | 1,22% | 5,29% |
Artigos de Residência | 0,87% | 0,35% |
Vestuário | -0,60% | 0,59% |
Transportes | 2,20% | 0,46% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,60% | 0,69% |
Despesas pessoais | 0,86% | 0,36% |
Educação | 5,88% | 0,75% |
Comunicação | -0,02% | -1,16% |
Grupo | Impacto (%) Fevereiro | Impacto (%) Março |
---|---|---|
Índice Geral | 1,22 | 1,32 |
Alimentação e Bebidas | 0,20 | 0,29 |
Habitação | 0,18 | 0,79 |
Artigos de Residência | 0,04 | 0,01 |
Vestuário | -0,04 | 0,04 |
Transportes | 0,41 | 0,09 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,07 | 0,08 |
Despesas pessoais | 0,09 | 0,04 |
Educação | 0,27 | 0,03 |
Comunicação | 0,00 | -0,05 |
São Paulo - A inflação no Brasil medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) foi para 1,32% em março, divulgou nesta manhã o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, o acumulado de 12 meses ficou em 8,13%, acima do teto da meta do governo (6,5%).
A taxa mensal foi a maior desde fevereiro de 2003, que foi de 1,57%. O mês não tinha uma inflação tão alta há exatos 20 anos, desde março de 1995, quando ficou em 1,55%. Em março do ano passado, o IPCA estava em 0,92%.
2015 também já tem a maior taxa acumulada para um primeiro trimestre (3,83%) desde 2003, quando ficou em 5,13% no mesmo período. O acumulado de 12 meses registra o patamar mais elevado desde dezembro de 2003, quando estava em 9,3%.
Setores
A energia elétrica foi a maior responsável pela inflação do mês. Em 02 de março, entrou em vigor a revisão de tarifas que levou a uma alta média de 22%. Nos últimos 12 meses, as contas já estão 60,42% mais caras.
A alta da energia teve um impacto direto de 0,71 ponto percentual no IPCA, mais da metade do índice mensal final. Foi este o fator responsável por levar o setor Habitação de uma alta de 1,22% em fevereiro para 5,29% em março.
Dos 9 grupos pesquisados, 4 subiram e 5 desceram. A segunda maior alta, depois da Habitação, foi a do grupo Alimentação e Bebidas, que é de longe o que tem mais peso no cálculo. O grupo foi de 0,81% em fevereiro para 1,17% em março e causou um impacto de 0,29 ponto percentual no índice final.
Os alimentos já ficaram 3,5% mais caros em 2015 e 8,19% nos últimos 12 meses. A variação acumulada é ainda maior em itens como cebola (38%), cenoura (25%) e alho (24%).
O grupo Transportes desacelerou mas continua refletindo o aumento do imposto PIS/COFINS sobre a gasolina em fevereiro, além das altas no transporte público. As tarifas de ônibus urbanos estão, em média, 11,91% mais caras em 2015, e isso porque ainda não sofreram reajuste em 4 das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE.
A pressão negativa na inflação de março veio da queda de 15,45% nas passagens aéreas e de 4,13% nas tarifas de telefone fixo, o que puxou mais para baixo o grupo Comunicação.
Grupo | Variação (%) Fevereiro | Variação (%) Março |
---|---|---|
Índice Geral | 1,22% | 1,32% |
Alimentação e Bebidas | 0,81% | 1,17% |
Habitação | 1,22% | 5,29% |
Artigos de Residência | 0,87% | 0,35% |
Vestuário | -0,60% | 0,59% |
Transportes | 2,20% | 0,46% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,60% | 0,69% |
Despesas pessoais | 0,86% | 0,36% |
Educação | 5,88% | 0,75% |
Comunicação | -0,02% | -1,16% |
Grupo | Impacto (%) Fevereiro | Impacto (%) Março |
---|---|---|
Índice Geral | 1,22 | 1,32 |
Alimentação e Bebidas | 0,20 | 0,29 |
Habitação | 0,18 | 0,79 |
Artigos de Residência | 0,04 | 0,01 |
Vestuário | -0,04 | 0,04 |
Transportes | 0,41 | 0,09 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,07 | 0,08 |
Despesas pessoais | 0,09 | 0,04 |
Educação | 0,27 | 0,03 |
Comunicação | 0,00 | -0,05 |