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Indústria tem em abril pior queda desde dezembro de 2008

Produção sofreu a queda mais acentuada desde a crise econômica mundial ocorrida há cerca de três anos atrás

Segundo o IBGE, o destaque negativo em abril ficou com a produção de bens duráveis, com queda de 10,1% sobre março (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2011 às 09h43.

Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira registrou em abril a queda mensal mais acentuada desde dezembro de 2008, auge dos efeitos da crise econômica global.

Contrariando as estimativas de analistas, a atividade recuou 2,1 por cento sobre março e caiu 1,3 por cento na comparação com igual mês do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira.

Analistas esperavam aumento de 0,30 por cento da produção sobre março, segundo pesquisa atualizada da Reuters. A faixa de estimativas ia de queda de 0,20 por cento a alta de 0,70 por cento.

O dado de março, no entanto, foi revisto pelo IBGE e mostrou um desempenho melhor que o inicialmente divulgado. A produção subiu 1,1 por cento frente a fevereiro, ao invés da taxa de 0,5 por cento divulgada antes.

Segundo o IBGE, o destaque negativo em abril ficou com a produção de bens duráveis, com queda de 10,1 por cento sobre março e de 5,6 por cento frente ao ano passado.

"No primeiro trimestre as importações tinham se acomodado, mas no segmento de bens duráveis voltaram a crescer no segundo trimestre", afirmou André Macedo, economista do IBGE.

"Outra coisa que chama muita atenção é o efeito das medidas macroprudenciais sobre o crédito, o que influencia diretamente os duráveis. Com o financiamento mais caro, a compra diminui e a produção cai."

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Analistas esperavam aumento de 0,30 por cento da produção sobre março, segundo pesquisa atualizada da Reuters. A faixa de estimativas ia de queda de 0,20 por cento a alta de 0,70 por cento.

O dado de março, no entanto, foi revisto pelo IBGE e mostrou um desempenho melhor que o inicialmente divulgado. A produção subiu 1,1 por cento frente a fevereiro, ao invés da taxa de 0,5 por cento divulgada antes.

Segundo o IBGE, o destaque negativo em abril ficou com a produção de bens duráveis, com queda de 10,1 por cento sobre março e de 5,6 por cento frente ao ano passado.

"No primeiro trimestre as importações tinham se acomodado, mas no segmento de bens duráveis voltaram a crescer no segundo trimestre", afirmou André Macedo, economista do IBGE.

"Outra coisa que chama muita atenção é o efeito das medidas macroprudenciais sobre o crédito, o que influencia diretamente os duráveis. Com o financiamento mais caro, a compra diminui e a produção cai."

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