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Indústria pode deixar de ganhar R$ 66,8 bi com feriados em 2017

O valor representa 4,4% do PIB industrial do País, o maior porcentual desde 2008, aponta um estudo da Firjan

Indústria: dos 12 dias em que haverá feriado ou ponto facultativo no País em 2017, apenas um cairá num fim de semana (.)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 12h49.

Rio - A indústria brasileira pode deixar de ganhar R$ 66,8 bilhões com nove feriados nacionais e três pontos facultativos previstos para 2017, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O valor representa 4,4% do PIB industrial do País, o maior porcentual desde 2008, aponta o estudo "O Custo Econômico dos Feriados Federais para a Indústria", divulgado nesta quarta-feira pela entidade.

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O levantamento tem como base a relação de feriados e pontos facultativos divulgada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mas não contabiliza a Quarta-feira de Cinzas (por ser ponto facultativo até 14 horas) e o Dia do Servidor Público. Segundo a Firjan, há ainda mais de 40 feriados estaduais e milhares de municipais.

Dos 12 dias em que haverá feriado ou ponto facultativo no País em 2017, apenas um cairá num fim de semana. Dos outros 11, cinco caem na terça ou na quinta-feira, "o que facilita o 'enforcamento' de um dia" ou "desestimulam a atividade produtiva, resultando em perda de produtividade", avalia a Firjan.

A Federação lembrou ainda que as paralisações na atividade industrial também provocam queda de arrecadação tributária para o governo.

Podem deixar de ser recolhidos R$ 27,6 bilhões este ano, o equivalente a R$ 2,5 bilhões a cada feriado nacional, considerando os tributos federais, estaduais e municipais.

A Firjan defende que os feriados que caem no meio de semana sejam deslocados para segunda ou sexta-feira e que os meses com dois ou mais feriados previstos tenham as datas alteradas para que ocorram no mesmo dia, de forma a preservar o número de dias úteis.

Segundo a entidade, a medida contribuiria para a redução do "Custo Brasil" e aumento da competitividade da indústria.

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