Economia

Indústria do Brasil vê chance de Canadá abrir mercado de carne in natura

O Canadá, que já recebe carnes brasileiras, deve inspecionar em outubro a produção de carne bovina no país

Atualmente o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo (moodboard/Thinkstock)

Atualmente o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo (moodboard/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h22.

São Paulo - Uma missão técnica do Canadá deve visitar o Brasil em outubro para inspecionar o processo de produção de carne bovina, e o país norte-americano poderia autorizar ainda em 2018 as importações do produto in natura brasileiro, disse nesta terça-feira um dirigente do setor.

"Estamos na expectativa de uma visita em outubro... Acho que podemos ter um resultado positivo ainda neste ano", destacou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, acrescentando que autoridades canadenses mantêm discussões com o Ministério da Agricultura brasileiro.

Atualmente, o Brasil já embarca carne industrializada para o Canadá, mas ele não detalhou o volume.

O Brasil é o maior exportador de carne bovina e conta com um rebanho de mais de 200 milhões de cabeças.

Camardelli também afirmou que a indústria brasileira já deu garantias de qualidade aos Estados Unidos e espera que o país envie uma equipe para uma rodada de inspeção no país.

Os EUA suspenderam as compras de carne in natura do Brasil em junho do ano passado, após encontrarem inconformidades nos embarques. Inicialmente, havia a expectativa de uma reabertura mais rápida do mercado.

A suspensão anunciada pelos EUA foi apenas um dos vários golpes sofridos pelo setor no ano passado, que lidou ainda com os efeitos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e o embargo da Rússia às vendas brasileiras.

"Sobre a Rússia, também temos expectativa de reabertura", afirmou ele, sem detalhar, durante evento promovido por Datagro e XP, em São Paulo.

Outros potenciais mercados no radar da Abiec são Turquia, Indonésia e Tailândia - este último deve enviar uma missão ao Brasil no segundo semestre, segundo o dirigente.

A China também tende a mandar uma segunda equipe ao país, acrescentou.

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