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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.
A indústria brasileira voltou a crescer no último trimestre de 2003, mas o crescimento ainda não caracteriza uma retomada, de acordo com a Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), já que o movimento dos últimos três meses do ano é considerado sazonal.
De acordo com o indicador usado no levantamento, o nível de produção ficou em 54,3 pontos. O desempenho é inferior ao do mesmo período de 2002 (55,6).
A sondagem da CNI mostra que a utilização da capacidade instalada das fábricas cresceu fortemente: ficou em 74%, quatro pontos percentuais acima que o registrado no trimestre anterior. Mais uma vez, no entanto, não há motivo para euforia. A CNI informa que o crescimento se deve, principalmente, ao baixo nível em que o uso da capacidade se encontrava em todo ano de 2003.
O indicador de emprego industrial ficou em 50,1 pontos, o melhor desde o ano 2000. A maioria das empresas (68,8% das grandes e 61% das pequenas e médias) declarou ter mantido o número de funcionários estável. É a primeira vez em três anos que o emprego industrial pára de cair na sondagem trimestral da CNI.
Os principais problemas enfrentados pelos industriais foram a carga tributária, as altas taxas de juros e a taxa de câmbio. O câmbio foi um problema para as grandes empresas, notadamente as exportadoras, que se ressentiram da valorização do real observada no ano passado.
Fiesp
A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) divulgou também nesta quinta-feira (29/1) o nível de atividade da indústria de transformação do estado. Houve uma "discreta recuperação" em 2003, de 1,2%. Em 2002, foi registrada uma retração de 1%.
Para a Fiesp, o resultado indica uma tendência de recuperação em 2004. Em dezembro, a entidade registrou um Índice de Atividade Nacional (INA) de 4,4%, em relação a novembro, já com os ajustes sazonais. Sem o ajuste, a produção teve um recuo de 9,1%. Se a base de comparação for dezembro de 2002, a atividade econômica mostra um avanço de 9,2%.