O custo nacional da construção por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 826,34, em junho subiu para R$ 890,76, sendo R$ 460,89 relativos aos materiais e R$ 429,87 à mão de obra (Mike Blake/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 12h16.
Rio de Janeiro - O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa, apresentou alta de 7,8% em junho, ficando 12,92 pontos porcentuais acima da taxa de maio (-5,12%).
O resultado do mês, informou o IBGE, reflete o retorno da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento de empresas do setor da construção civil, que não havia vigorado em abril e maio.
A desoneração, vigente a partir de 1º de abril, teve seus efeitos interrompidos em 03 de junho. Entre outros aspectos, a Medida Provisória que desonerou o setor havia retirado os 20% da contribuição previdenciária, o que impactou integralmente no resultado de maio.
A variação acumulada está em 4,10%, considerando o primeiro semestre do ano, enquanto em igual período de 2012 havia ficado em 3,26%. O resultado dos últimos doze meses passou para 6,54%, ficando 7,01 pontos percentuais acima dos -0,47% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2012, o índice foi de 0,70%.
O custo nacional da construção por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 826,34, em junho subiu para R$ 890,76, sendo R$ 460,89 relativos aos materiais e R$ 429,87 à mão de obra.
A Região Sul, com variação de 8,75%, apresentou a maior alta, ao se encerrarem os efeitos da MP 601/12 na folha de pagamento, em junho. Os demais resultados são os seguintes: 6,45%(Norte), 6,73%(Nordeste), 8,66%(Sudeste) e 7,48% (Centro-Oeste). A Região Sul ficou também com a maior variação nos últimos doze meses (8,84%).
Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, Santa Catarina, com variação de 10,05%, registrou a maior alta do mês de junho. Acre, Ceará, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal também tiveram reajustes salariais decorrentes de acordo coletivo que pressionou os resultados.