Economia

Indicador antecedente de emprego tem leve queda em agosto

Dados divulgados nesta quarta-feira mostram que o indicador medido pela FGV recuou 0,2 ponto no mês passado e foi a 98,2 pontos

Carteira de trabalho: índice da FGV apontou tendência de contratações nos próximos meses (Marcello Casal Jr/Reprodução)

Carteira de trabalho: índice da FGV apontou tendência de contratações nos próximos meses (Marcello Casal Jr/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 08h45.

São Paulo - O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) apresentou leve queda em agosto, mas apontou estabilidade e tendência de contratações nos próximos meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os dados divulgados nesta quarta-feira mostram que o IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, recuou 0,2 ponto no mês passado e foi a 98,2 pontos, após alta de 1,5 ponto em julho.

"O índice antecedente mostra estabilidade nos últimos meses em torno de um nível bastante elevado, que indica uma tendência de contratação ao longo dos próximos meses. O emprego deve continuar aumentando ao longo dos próximos meses refletindo o IAEmp, que se encontra próximo do pico da série histórica", afirmou o economista da FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho em nota.

A FGV destacou que as principais contribuições para a queda do IAEmp foram dadas pelos indicadores que medem a expectativa com relação à facilidade de se conseguir emprego nos seis meses seguintes, da Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos três meses seguintes, na Sondagem de Serviços.

Por sua vez, o Indicador Coincidente de Emprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, avançou 0,8 ponto em agosto, para 98,1 pontos.

"O elevado nível do ICD reflete a dificuldade do consumidor em se recolocar no mercado do trabalho nos últimos meses. Entretanto, com a melhora do nível de atividade a tendência dos próximos meses deve ser de redução do índice", afirmou Barbosa Filho.

A taxa de desemprego no Brasil recuou a 12,8 por cento no trimestre encerrado em julho, segundo menor nível do ano, mas ainda impulsionado sobretudo pelo aumento do emprego informal, de acordo com dados do IBGE.

Isso num momento em que a economia dá sinais de melhora, com o Produto Interno Bruto (PIB) tendo crescido 0,2 por cento no segundo trimestre sobre o primeiro, acima do esperado.

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