Economia

Independência do BC do México propiciou estabilidade

Segundo Ben Bernanke, estatuto de independência ajudou o México a alcançar a estabilidade econômica ao longo das últimas duas décadas

Chairman do BC dos EUA, Ben Bernanke, durante uma sessão de fotos em Washington, após o encontro anual dos membros do G20 (Gary Cameron/Reuters)

Chairman do BC dos EUA, Ben Bernanke, durante uma sessão de fotos em Washington, após o encontro anual dos membros do G20 (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 23h19.

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse nesta segunda-feira que o estatuto de independência do banco central do México ajudou o país a alcançar a estabilidade econômica ao longo das últimas duas décadas.

O Congresso do México concedeu autonomia ao Banco Central do México em 1993, com a estabilidade de preços como principal obrigação do banco.

"Ao longo das últimas duas décadas, essas ações, juntamente com uma série de outras medidas construtivas tomadas pelos políticos mexicanos, pagaram dividendos substanciais em termos de melhoria do desempenho econômico", afirmou Bernanke, em comentários preparados para uma conferência que está sendo organizada pelo Banco do México. O presidente do Fed gravou as declarações em vídeo, pois não participa da conferência pessoalmente.

Além disso, Bernanke elogiou o regime de metas de inflação do Banco do México, aprovado em 2001.

De acordo com o presidente da autoridade monetária norte-americana, o Banco do México ajudou a reduzir a ameaça de crises financeiras.

"Quando a recente crise financeira nos Estados Unidos e em outras economias avançadas ameaçou afetar o México, a credibilidade do Banco do México em função da inflação permitiu combater a fraqueza econômica, facilitando as condições monetárias, mesmo com a inflação acima da meta do BC mexicano na época", explicou Bernanke.

Segundo o presidente do Fed, os benefícios da independência do banco central mexicano incluem a baixa inflação, as expectativas de inflação bem ancoradas e o aumento da credibilidade da política mexicana, comparando a experiência dos EUA com a do México.

"A transparência também é importante para os bancos centrais independentes nas democracias, uma vez que ainda deve ser responsável perante o público e os legisladores", disse Bernanke.

O presidente do BC norte-americano ainda elogiou o presidente do Banco do México, Agustin Carstens, quer foi ministro das Finanças do país antes de se tornar o chefe do banco central em 2010.

" Sua liderança na política econômica, em vários papéis importantes, tem sido fundamental para solidificar o progresso que o México tem executado ao longo das últimas duas décadas", concluiu Bernanke.

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