Economia

Inadimplência sobe para 20,1% no comércio de São Paulo

Dados da Fecomércio também mostram que proporção de famílias endividadas na capital paulista subiu para 55,1%

Principal tipo de dívida das famílias continua sendo o cartão de crédito (70,1%). Na segunda posição, ficaram os carnês, cuja participação subiu para 14,7% em março (Alexandre Battibugli/Exame)

Principal tipo de dívida das famílias continua sendo o cartão de crédito (70,1%). Na segunda posição, ficaram os carnês, cuja participação subiu para 14,7% em março (Alexandre Battibugli/Exame)

R

Reuters

Publicado em 12 de abril de 2019 às 15h54.

São Paulo — A inadimplência de famílias da cidade de São Paulo subiu para 20,1%, maior nível desde outubro do ano passado, segundo levantamento da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O índice do mês passado foi 0,3 % maior que o verificado em fevereiro e 0,8 ponto acima no comparativo anual.

Enquanto isso, a proporção de famílias endividadas na capital paulista subiu para 55,1% em março ante 53,6% em fevereiro e 54,6% um ano antes, segundo a pesquisa mensal da entidade.

"No total, 2,16 milhões de famílias permanecem com algum tipo de dívida e 787,36 mil estão com contas em atraso", afirmou a FecomercioSP.

"A inadimplência acima dos 20 por cento é um sinal de alerta aos empresários, pois demonstra a fragilidade da situação financeira das famílias", comentou a entidade, acrescentando que, em relação ao endividamento das famílias, o movimento é "natural e comprova os gastos excedentes de dezembro, sem planejamento das tradicionais despesas do início de ano".

O principal tipo de dívida das famílias continua sendo o cartão de crédito (70,1%). Na segunda posição, ficaram os carnês, cuja participação subiu de 13,5% em fevereiro para 14,7% em março, o que, segundo a FecomercioSP, pode indicar redução do acesso ao crédito pelos bancos.

Acompanhe tudo sobre:ComércioDívidasFecomérciosao-paulo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor