Economia

Inadimplência cai a 4,1% em setembro, nova mínima histórica, diz BC

O spread bancário no segmento de recursos livres ficou inalterado em 28,9 pontos percentuais no mês

BC: inadimplência no segmento de recursos livres caiu a 4,1 por cento em setembro (Getty/Getty Images)

BC: inadimplência no segmento de recursos livres caiu a 4,1 por cento em setembro (Getty/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2018 às 10h51.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 11h25.

Brasília - A inadimplência no Brasil renovou sua mínima histórica em setembro, mas as taxas médias de juros foram na contramão e registraram pequena alta, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira.

No último mês, a inadimplência no segmento de recursos livres, em que as taxas de juros são livremente definidas pelos bancos, caiu a 4,1 por cento em setembro, sobre 4,2 por cento em agosto. Com isso, chegou ao menor nível da série histórica iniciada pelo BC em março de 2011, dentro de movimento de melhoria que vem sendo observado desde o início do ano.

No ano, a inadimplência só exibiu elevação em janeiro, caindo em todos os meses seguintes.

Apesar da nova redução observada em setembro, a taxa média de juros teve pequeno aumento a 38,1 por cento ao ano, sobre 38 por cento em agosto.

Isso ocorreu apesar da taxa básica de juros, a Selic, ter permanecido em seu menor nível histórico, de 6,5 por cento ao ano, patamar que foi mantido pelo Banco Central em sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no fim de setembro.

Por sua vez, o spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação e a taxa cobrada pelos bancos ao consumidor final, ficou inalterado em 28,9 pontos no mês no segmento de recursos livres.

Estoque

O estoque de crédito no país cresceu 0,4 por cento em setembro sobre agosto, a 3,169 trilhões de reais, equivalente a 46,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

No mês, tanto famílias quanto empresas viram o saldo de financiamento subir 0,4 por cento, informou o BC.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a alta do estoque foi de 2,5 por cento, alcançando 3,9 por cento em 12 meses.

No fim de setembro, o BC melhorou sua projeção para o estoque de crédito em 2018 a um avanço de 4 por cento, sobre 3 por cento antes, principalmente pela melhora nos financiamentos às pessoas jurídicas, movimento que é afetado pela alta do dólar, que aumenta automaticamente os saldos nas operações denominadas na moeda norte-americana.

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