Economia

Impulso do comércio pode não salvar Alemanha de contração

Exportações e importações se recuperaram em junho, sugerindo que o impasse do Ocidente com Rússia não está prejudicando seriamente a maior economia da Europa


	Alemanha: exportações cresceram 0,9%, quase o dobro da taxa esperada por economistas em pesquisa
 (Foundert/Creative Commons)

Alemanha: exportações cresceram 0,9%, quase o dobro da taxa esperada por economistas em pesquisa (Foundert/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 09h03.

Berlim - As exportações e as importações da Alemanha se recuperaram em junho, sugerindo que o impasse do Ocidente com a Rússia em relação à Ucrânia não está prejudicando seriamente a maior economia da Europa, porém sem conseguir dissipar preocupações de uma contração no segundo trimestre.

Dados da Agência Federal de Estatísticas mostraram que as importações, em números ajustados sazonalmente, subiram 4,5 por cento em junho, o aumento mensal mais forte desde novembro de 2010 e uma recuperação da forte queda em maio.

As exportações cresceram 0,9 por cento, quase o dobro da taxa esperada por economistas em pesquisa da Reuters. Para o segundo trimestre como um todo, os números mostraram que as exportações cresceram marginalmente ante os primeiros três meses e que as importações caíram.

No entanto, mesmo com um leve impulso dos números comerciais, alguns economistas veem uma chance de contração no Produto Interno Bruto (PIB) quando os dados para o segundo trimestre forem divulgados na próxima quinta-feira.

Segundo pesquisa da Reuters, os dados preliminares do PIB devem mostrar que a economia estagnou no segundo trimestre após crescer no começo de 2014 devido ao clima ameno. Um coro crescente de economistas, porém, agora prevê que a economia pode na verdade contrair pela primeira vez desde o final de 2012.

"(O comércio) não deve compensar completamente os dados muito fracos de produção industrial ... o que significa que o PIB da Alemanha provavelmente teve leve contração no segundo trimestre", disse o economista sênior do Berenberg Bank, Christian Schulz.

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