Impacto com morte de Cecil ameaça empregos e receita da caça
A indignação com o abate do leão por um americano levou a proibição que coloca em risco o emprego de 5 mil pessoas e uma expectativa de lucro de US$ 45 milhões
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2015 às 17h09.
A indignação mundial com o abate ilegal de um leão chamado Cecil por um dentista americano, no Zimbábue , levou a uma proibição que está colocando em risco um setor que emprega pelo menos 5.000 pessoas e que tinha expectativa de lucrar US$ 45 milhões neste ano.
Cecil teria sido atraído com uma isca para fora da maior reserva de caça do país e para dentro de terras privadas e atingido com uma flecha por Walter Palmer, de Minnesota, com a assistência do caçador local Theo Bronkhorst.
Em meio ao escândalo , que levou Palmer a se esconder e fez com que o Zimbábue exigisse sua extradição, a caça foi proibida nas imediações do Parque Nacional Hwange, que é do tamanho de Connecticut.
A indústria da caça no Zimbábue consiste em receber turistas, provenientes principalmente dos EUA, para disparar em todo tipo de animal, de elefantes a macacos e porcos-espinhos, em troca de uma taxa.
A caça dos chamados animais grandes, como leões, custa dezenas de milhares de dólares. Os leopardos muitas vezes são perseguidos, mas não mortos, por cachorros.
“Alguns caçadores já estão deixando de vir, outros continuam chegando. Tudo isso representa prejuízo, um prejuízo que nenhum seguro cobre, tanto para os operadores de safáris quanto para o departamento de parques”, disse Emmanuel Fundira, diretor da Associação de Operadores de Safári do Zimbábue, por telefone, de Harare, capital do país, nesta segunda-feira.
“Isto foi um incidente isolado. Nós não toleramos a caça ilegal de maneira nenhuma e isso provocou um efeito negativo sobre as nossas operações”.
O país emitiu autorizações para a caçada de 70 leões neste ano, abaixo dos 100 aconselhados pela Convenção das Nações Unidas sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens.
Prática idônea
Existem mais de 2.000 leões no país, disse Edison Chidziya, presidente do Conselho de Parques Nacionais do Zimbábue, em entrevista por telefone, de Harare. Bubi, uma área no sul do Zimbábue, tem a concentração mais elevada desses felinos, segundo o site da organização.
“A caça de leões no Zimbábue é baseada em uma prática de gestão idônea e em uma base bastante sustentável”, disse Fundira.
Apesar de a caça de Cecil ter sido condenada por organizações de defesa dos direitos dos animais e por celebridades como Mia Farrow, as organizações beneficentes World Wildlife Fund, Save the Rhino e Endangered Wildlife Trust estão entre as que afirmam que a caça esportiva, sob certas condições, pode ajudar no financiamento necessário para a conservação.
A indignação mundial com o abate ilegal de um leão chamado Cecil por um dentista americano, no Zimbábue , levou a uma proibição que está colocando em risco um setor que emprega pelo menos 5.000 pessoas e que tinha expectativa de lucrar US$ 45 milhões neste ano.
Cecil teria sido atraído com uma isca para fora da maior reserva de caça do país e para dentro de terras privadas e atingido com uma flecha por Walter Palmer, de Minnesota, com a assistência do caçador local Theo Bronkhorst.
Em meio ao escândalo , que levou Palmer a se esconder e fez com que o Zimbábue exigisse sua extradição, a caça foi proibida nas imediações do Parque Nacional Hwange, que é do tamanho de Connecticut.
A indústria da caça no Zimbábue consiste em receber turistas, provenientes principalmente dos EUA, para disparar em todo tipo de animal, de elefantes a macacos e porcos-espinhos, em troca de uma taxa.
A caça dos chamados animais grandes, como leões, custa dezenas de milhares de dólares. Os leopardos muitas vezes são perseguidos, mas não mortos, por cachorros.
“Alguns caçadores já estão deixando de vir, outros continuam chegando. Tudo isso representa prejuízo, um prejuízo que nenhum seguro cobre, tanto para os operadores de safáris quanto para o departamento de parques”, disse Emmanuel Fundira, diretor da Associação de Operadores de Safári do Zimbábue, por telefone, de Harare, capital do país, nesta segunda-feira.
“Isto foi um incidente isolado. Nós não toleramos a caça ilegal de maneira nenhuma e isso provocou um efeito negativo sobre as nossas operações”.
O país emitiu autorizações para a caçada de 70 leões neste ano, abaixo dos 100 aconselhados pela Convenção das Nações Unidas sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens.
Prática idônea
Existem mais de 2.000 leões no país, disse Edison Chidziya, presidente do Conselho de Parques Nacionais do Zimbábue, em entrevista por telefone, de Harare. Bubi, uma área no sul do Zimbábue, tem a concentração mais elevada desses felinos, segundo o site da organização.
“A caça de leões no Zimbábue é baseada em uma prática de gestão idônea e em uma base bastante sustentável”, disse Fundira.
Apesar de a caça de Cecil ter sido condenada por organizações de defesa dos direitos dos animais e por celebridades como Mia Farrow, as organizações beneficentes World Wildlife Fund, Save the Rhino e Endangered Wildlife Trust estão entre as que afirmam que a caça esportiva, sob certas condições, pode ajudar no financiamento necessário para a conservação.