Economia

IGP-M desacelera alta para 0,97% em setembro, diz FGV

O resultado ficou pouco acima das expectativas do mercado. Segundo mediana de 18 projeções, o mercado projetava alta de 0,91%


	Informação é da Fundação Getúlio Vargas
 (Divulgação/FGV)

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (Divulgação/FGV)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 08h50.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou para uma alta de 0,97 por cento em setembro ante elevação de 1,43 por cento em agosto, com destaque para a desaceleração nos preços dos produtos agropecuários no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O resultado ficou pouco acima das expectativas do mercado. Segundo mediana de 18 projeções coletadas pela Reuters, o mercado projetava alta de 0,91 por cento do indicador em setembro.

Em 12 meses, o IGP-M avançou 8,07 por cento e a taxa acumulada no ano é de 7,09 por cento, de acordo com a FGV.

Dentro os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 1,25 por cento em setembro, ante avanço de 1,99 por cento em agosto.

Em relação à origem dos produtos, a desaceleração foi puxada pelos produtos agropecuários, com alta de 2,77 por cento em setembro, ante 6,07 por cento no mês anterior. Já os produtos industriais subiram 0,65 por cento, ante 0,47 por cento anteriormente.

O aumento dos preços agrícolas vinha pesando nos índices de inflação nos últimos meses devido aos problemas climáticos tanto no Brasil quanto no exterior.

Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 0,99 por cento, ante 0,71 por cento anteriormente.

No segmento Bens Intermediários, houve aceleração para 0,90 por cento, ante 0,83 por cento em agosto. Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 1,95 por cento, contra 4,92 por cento no mês anterior.

Varejo

O Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta para 0,49 por cento, contra 0,33 por cento visto anteriormente, puxado por alimentação, com avanço de 1,18 por cento, ante 1 por cento em agosto.


Esse resultado mostra que a alta dos preços agrícolas no atacado continua sendo repassada para o varejo, chegando à conta do consumidor.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,21 por cento, desacelerando ante alta de 0,32 por cento em agosto. O avanço do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, foi puxada por materiais, equipamentos e serviços, com alta de 0,42 por cento.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. O índice calcula as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O Banco Central já demonstrou uma maior preocupação com os preços no curto prazo por conta da alta dos produtos agrícolas e não vê mais a inflação convergindo para a meta neste ano.

Essa perspectiva é corroborada pelo mercado, que vê a inflação neste ano a 5,35 por cento, longe do centro da meta do governo, de 4,5 por cento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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