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IGP-M desacelera alta para 0,15% em abril, diz FGV

Resultado veio em meio a uma deflação no atacado e à desaceleração da alta dos preços no varejo

Um cliente paga por sua carne no Mercado Municipal, em São Paulo: produtos agropecuários registraram queda de 1,82% em abril (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 09h06.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado ( IGP-M ) subiu 0,15 por cento em abril, ante elevação de 0,21 por cento em março, em meio a uma deflação no atacado e à desaceleração da alta dos preços no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

Em relação à segunda prévia de abril, também houve desaceleração após avanço de 0,28 por cento no período.

A inflação vem sendo motivo de preocupação, chegando a estourar o teto da meta do governo e levando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento, neste mês.

Na ata dessa reunião, o BC deixou claro que a atual política monetária tem como alvo principal atacar a inflação em 2014, e que vai permanecer "especialmente vigilante" a fim de evitar que a pressão sobre os preços persista.

Atacado

De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve deflação de 0,12 por cento em abril, ante variação positiva de 0,01 por cento em março.

Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram queda de 1,82 por cento em abril, ante recuo de 0,70 por cento no mês anterior. Os industriais, entretanto, aceleraram a alta a 0,54 por cento, ante 0,3 por cento em março.

Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 0,86 por cento, ante 1 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 7,89 para 6,19 por cento.

No segmento Bens Intermediários, foi registrada queda de 0,19 por cento, ante recuo de 0,28 por cento em março. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de -1,14 para -0,78 por cento.


Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação negativa de 1,20 por cento, contra recuo de 0,78 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram milho em grão (-3,36 para -10,21 por cento), aves (-1,18 para -8,84 por cento) e cana-de-açúcar (0,29 para -1,40 por cento).

Varejo

Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, desacelerou a alta para 0,60 por cento, contra 0,72 por cento visto anteriormente.

A principal contribuição partiu do grupo Transportes, com desaceleração da alta a 0,26 por cento em abril ante 0,61 por cento em março.

Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 2,17 para -0,38 por cento.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,84 por cento, acelerando ante alta de 0,28 por cento em março.

O resultado do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, foi puxada pela Mão de Obra, que acelerou a alta a 1,15 por cento em abril ante 0,14 por cento no mês anterior. Já Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou avanço de 0,50 por cento, ante 0,42 por cento em março.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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Em relação à segunda prévia de abril, também houve desaceleração após avanço de 0,28 por cento no período.

A inflação vem sendo motivo de preocupação, chegando a estourar o teto da meta do governo e levando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 7,50 por cento, neste mês.

Na ata dessa reunião, o BC deixou claro que a atual política monetária tem como alvo principal atacar a inflação em 2014, e que vai permanecer "especialmente vigilante" a fim de evitar que a pressão sobre os preços persista.

Atacado

De acordo com a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve deflação de 0,12 por cento em abril, ante variação positiva de 0,01 por cento em março.

Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram queda de 1,82 por cento em abril, ante recuo de 0,70 por cento no mês anterior. Os industriais, entretanto, aceleraram a alta a 0,54 por cento, ante 0,3 por cento em março.

Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 0,86 por cento, ante 1 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 7,89 para 6,19 por cento.

No segmento Bens Intermediários, foi registrada queda de 0,19 por cento, ante recuo de 0,28 por cento em março. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de -1,14 para -0,78 por cento.


Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação negativa de 1,20 por cento, contra recuo de 0,78 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram milho em grão (-3,36 para -10,21 por cento), aves (-1,18 para -8,84 por cento) e cana-de-açúcar (0,29 para -1,40 por cento).

Varejo

Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, desacelerou a alta para 0,60 por cento, contra 0,72 por cento visto anteriormente.

A principal contribuição partiu do grupo Transportes, com desaceleração da alta a 0,26 por cento em abril ante 0,61 por cento em março.

Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 2,17 para -0,38 por cento.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, registrou elevação de 0,84 por cento, acelerando ante alta de 0,28 por cento em março.

O resultado do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, foi puxada pela Mão de Obra, que acelerou a alta a 1,15 por cento em abril ante 0,14 por cento no mês anterior. Já Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou avanço de 0,50 por cento, ante 0,42 por cento em março.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

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